Mais uma vez com Lula, Haddad promete polo de desenvolvimento na zona leste

Ex-presidente pede que militantes façam boca de urna para o petista nas proximidades das escolas no domingo das eleições, mas alerta: “na fila não pode”

“Estamos visitando redutos tradicionais do PT. Vamos governar para todos, mas temos o dever de assistir os que mais precisam” (Foto: Paulo Pinto/Divulgação)

São Paulo – “Olha só o que você tá fazendo com o trânsito, Haddad”, gritou pela janela do ônibus uma cidadã desesperada com o engarrafamento que abarrotava a avenida Mateo Bei, no bairro de São Mateus, zona leste de São Paulo. “Eu preciso fazer a janta.”

O candidato do PT à prefeitura da capital levou a bronca com bom humor. No início da noite de hoje (3), a via estava parcialmente interditada para a realização de mais um comício com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – o quarto consecutivo organizado pela campanha petista nesta região da cidade que tem quatro milhões de habitantes e 35% dos eleitores paulistanos.

“Estamos visitando redutos tradicionais do PT”, reconheceu Fernando Haddad. “Vamos governar para todos, mas temos o dever de assistir os que mais precisam.” De acordo com o candidato, a zona leste da capital tem sofrido com saúde, educação e transporte de má qualidade. “Vir aqui e transmitir esse voto de confiança para as pessoas é importante na reta final da campanha.”

O petista lembrou que seu plano de governo prevê a construção de centros cultural, tecnológico e olímpico na região, além de um programa de redução de impostos para atrair empresas e criar postos de trabalho para a população local.

“Os investimentos públicos e privados farão da zona leste um novo polo de desenvolvimento da cidade”, prometeu. “Faremos aqui um centro esportivo parecido ao complexo do Ibirapuera, na região central, e um centro cultural semelhante ao Vergueiro, só que mais voltado para a formação de artistas.”

Boca de urna

Em cima da caminhonete que lhe serviu de palanque, Fernando Haddad pediu aos presentes para “não baixarem a guarda” até o próximo domingo, pois, de acordo com o candidato, cada voto é importante e ainda há muito eleitor indeciso. A evocação à militância foi secundada pelo ex-presidente.

“Hoje eu deveria estar em Belo Horizonte (MG) com a Dilma, mas vim a São Mateus pedir o voto de vocês”, explicou Lula. “Pra vocês que confiaram em mim em 2002 e 2006, que confiaram em mim quando pedi voto para a Dilma em 2010, queria pedir mais um voto de confiança para que votem no Fernando Haddad no próximo dia 7 de outubro”, discursou.

“Quinta, sexta e sábado temos que visitar nossos companheiros casa por casa. E também no domingo de manhã, na hora de sair pra votar”, conclamou Lula. “Não pode fazer boca de urna na fila de votação, mas perto das escolas a gente tem que fazer boca de urna para nosso companheiro Haddad.”