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Gleisi defende impeachment ‘antes que Bolsonaro leve o país à completa ruína’

Guilherme Boulos, do MTST, também afirmou que “o Brasil não aguenta mais 500 dias de Bolsonaro”

Guilherme Gandolfi(@guifrodu)
Guilherme Gandolfi(@guifrodu)
Segundo Gleisi, não é possível esperar as eleições para tirar Bolsonaro. "Temos que agir agora".

São Paulo – Para a deputada federal e presidenta da PT, Gleisi Hoffmann (PR), os atos unitários pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro neste sábado (2) indicam que é necessário interromper o quanto antes esse governo que vem causando a “destruição” do Brasil. Gleisi espera que as próximas manifestações pelo Fora Bolsonaro em novembro sejam ainda mais amplas. Não é possível, segundo ela, ficar esperando as eleições. “Temos que agir agora”.

“Os atos de hoje são muito importantes para falarem ao Congresso Nacional, para Bolsonaro e sua base, que não dá mais para seguir assim”, disse Gleisi durante a cobertura especial das manifestações na TVT. “Temos que abrir o impeachment, antes que Bolsonaro leve o país à completa ruína”, acrescentou a dirigente.

Ela citou que a inflação e a fome, “duas chagas que já tínhamos eliminado”, voltaram ao país. Enquanto o Brasil é um dos maiores produtores mundiais de alimentos, parte da população está na “fila do osso”, destacou. Somam-se a isso os constantes ataques de Bolsonaro à democracia.

Resposta ao golpismo

A caminho da Avenida Paulista, o coordenador do MTST e ex-candidato a presidente Guilherme Boulos também afirmou que “o Brasil não aguenta mais 500 dias de Bolsonaro”. Além da “fila do osso”, das mais de 19 milhões de pessoas passando fome e das quase 600 mil vítimas da pandemia, Boulos disse que as manifestações pelo Fora Bolsonaro também são uma resposta ao “golpismo”.

“É uma reação ao movimento golpista que Bolsonaro organizou no 7 de setembro, com ameaças e chantagens. Foi muito abaixo das expectativas que eles tinham, pregando para convertidos, mas novamente tencionando o ambiente democrático no Brasil. É necessária uma resposta nas ruas, que está sendo dada hoje”, afirmou.

Carestia e desemprego

Direto da manifestação na Paulista, o presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, classificou o governo Bolsonaro como “uma tragédia jamais vista”. Ele destacou a luta contra a carestia e o desemprego. “É revoltante ver famílias fazendo fila quilométrica na porta do açougue para pedir osso, porque seus filhos não têm o que comer”, afirmou.

Ele clamou que trabalhadores e a população das periferias participem das manifestações pelo impeachment para por fim a situações como essas. “O trabalhador tem que entender que, se a gente não derrubar o Bolsonaro, o desemprego vai chegar nele, no irmão dele, no seu vizinho. Por isso tem que entrar na luta”, ressaltou.

Para o secretário-geral da CUT, Wagner Freitas, as centrais sindicais devem permanecer unidas para tirar Bolsonaro. Na sequência, o desafio será recompor os direitos da classe trabalhadora que foram perdidos nos últimos anos. Para isso, Wagner disse que é preciso eleger um novo presidente que seja comprometido com os trabalhadores.

“Quando disseram que o Bolsonaro ia criar empregos, a CUT falou que era mentira. Bolsonaro acabou com os empregos e com os bicos. A única fora de retomar o crescimento da economia é tirando o Bolsonaro, porque ele atrapalha”, disse.

Confira a transmissão ao vivo

Redação: Tiago Pereira