São Paulo – A presidenta da Petrobras, Graça Foster, desmentiu ontem (12) a afirmação tucana de que a empresa estaria “quebrada” e sem condições de investir na exploração da camada do pré-sal. A tese da “ineficiência” da companhia sob gestão petista foi defendida em ato político realizado pelo PSDB em Brasília, também ontem à noite. O evento faz parte da série de atividades programadas para alavancar a pré-candidatura do senador mineiro Aécio Neves à presidência da República e formatar o discurso tucano para 2014.

“A Petrobras não passa por qualquer dificuldade financeira. Nossos investimentos em 2012 chegaram a R$ 84,1 bilhões, a maior realização na história da Petrobras”, disse Foster em entrevista ao site da bancada do PT na Câmara Federal.

“Temos, como sempre tivemos, em 60 anos de história, grandes desafios a superar, que são também enormes oportunidades de crescimento para a companhia”, completou.

Partilha x concessão

No ato do PSDB, Aécio defendeu o fim de regime de partilha para a exploração das novas reservas (segundo o qual a Petrobras fica com pelo menos 30% de todos os poços), argumentando que a companhia não teria capacidade financeira para bancar tal investimento.

Segundo o senador, “a partilha estagnou a produção, afugentou investidores e descapitalizou a empresa”. Ele e o partido defendem a volta do regime de concessões à iniciativa privada, como ocorreu no governo Fernando Henrique Cardoso.

Também aqui, Foster contradisse Aécio. Ela lembrou que as metas em relação ao pré-sal estão sendo cumpridas e os resultados são “os melhores possíveis”. Foster relatou que no mês de fevereiro a estatal atingiu a marca de 300 mil barris/dia de petróleo produzidos no pré-sal. Isso, segundo ela, ocorreu em apenas sete anos após a descoberta da camada do pré-sal.

A dirigente disse ainda que a mesma marca só foi obtida, no Golfo do México, após 17 anos de exploração. “Nós conseguimos isso no pré-sal com apenas 17 poços produtores, o que mostra a elevada produtividade desses campos já descobertos”, disse.