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Ação do STF contra empresários golpistas é ‘resposta rápida’ a ameaças contra a democracia

Em nota, Coalizão para Defesa do Sistema Eleitoral reafirma que as instituições democráticas não aceitam ameaças

Reprodução/Facebook
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Foi determinado o bloqueio das contas bancárias dos oito empresários; a quebra de sigilo bancário; o bloqueio das contas em redes sociais; além da aferição de depoimento de cada um

São Paulo – A Coalizão para Defesa do Sistema Eleitoral divulgou nota em que destaca os mandados de busca e apreensão expedidos nesta terça-feira (23) contra empresários bolsonaristas que insuflavam um golpe de Estado em caso de vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de outubro. A entidade foi a responsável por entrar com uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o caso. O ministro Alexandre de Moraes atendeu à demanda e determinou as diligências à Polícia Federal.

Também foi determinado o bloqueio das contas bancárias dos oito empresários, a quebra de sigilo bancário e o bloqueio das contas em redes sociais dos envolvidos, entre outras medidas

“O Inquérito em questão investiga a prática de atos antidemocráticos, com o objeto de apurar suposta presença de indícios e provas acerca da existência de organização criminosa, de forte atuação digital e com núcleos de produção, publicação, financiamento e político com a possível finalidade de atentar contra a democracia e o Estado de Direito”, afirma a Coalizão.

Bandeiras golpistas

Também está sob apuração um possível financiamento deste empresários a atos programados para o 7 de setembro. Na data, Bolsonaro e seus apoiadores vêm instigando a instabilidade democrática, sob bandeiras golpistas. “A ação do ministro Alexandre de Moraes, em resposta rápida à demanda da sociedade civil organizada, é um excelente sinal de que as instituições democráticas não aceitam ameaças contra o sistema eleitoral e o Estado Democrático de Direito, e de que o Judiciário agirá com rigor para defender a democracia.”

A coalizão é composta por mais de 200 entidades da sociedade civil, que vêm articulando a resistência democrática frente à escalada golpista promovida por Bolsonaro e seus apoiadores. O grupo reúne entidades como Advogados e Advogadas Públicos para a Democracia (APD), Associação Juízes para a Democracia (AJD), Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Movimento Policiais Antifascismo, centrais sindicais e movimentos sociais.


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