Perversões

Redes sociais rejeitam empresários bolsonaristas que defendem golpe

Empresários tornam-se alvos de críticas depois de reportagem que mostrou conversas em grupo no WhatsApp. Senador Randolfe Rodrigues vai ao STF para que grupo seja investigado

Reprodução
Reprodução
Grupo de empresários bolsonaristas: escalada do radicalismo contra a democracia

São Paulo – Empresários bolsonaristas que saíram em defesa de um golpe de Estado caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vença as eleições deste ano são alvos de críticas nas redes sociais na manhã desta quinta-feira (18). Internautas saíram em defesa de boicote a essas empresas. O grupo é formado por Luciano Hang, dono da Havan; Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu; José Isaac Peres, dono da gigante de shoppings Multiplan; José Koury, dono do Barra World Shopping, no Rio de Janeiro; Ivan Wrobel, da construtora W3 Engenharia; e Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, dono da marca de surfwear Mormaii.

O assunto veio à tona ontem (17), quando o jornalista Guilherme Amado publicou em sua coluna no site Metrópoles que a defesa do golpe foi feita no grupo desses empresários no WhatsApp. “A possibilidade de ruptura democrática foi o ponto máximo de uma escalada de radicalismo que dá o tom do grupo de WhatsApp Empresários & Política, criado no ano passado e cujas trocas de mensagens vêm sendo acompanhadas há meses pela coluna”, afirmou o jornalista.

“ A defesa explícita de um golpe, feita por alguns integrantes, se soma a uma postura comum a quase todos: ataques sistemáticos ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a quaisquer pessoas ou instituições que se oponham ao ímpeto autoritário de Jair Bolsonaro.”

Na noite de ontem, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) anunciou que acionará o Supremo Tribunal Federal (STF) com uma petição para que empresários bolsonaristas flagrados fazendo defesa de um golpe de Estado sejam investigados. 

“Empresários bolsonaristas que defendem golpe, abusam do poder econômico e constrangem liberdade de voto dos empregados. Essa é a turma do Bolsonaro. A Justiça Eleitoral tem de defender a democracia e as eleições frente a esses coronéis”, afirmou nas redes a presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR).

Já o senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse que o episódio reúne “valiosas pistas para o ministro Alexandre de Morais apurar no inquérito sobre as milícias digitais contra a Democracia. Como ensinou o ‘Garganta Profunda’ no escândalo de Watergate. ‘Siga o dinheiro’.”

Confira a íntegra da reportagem


Leia também


Últimas notícias