Dilma teme que expansão monetária de países possa criar bolha especulativa

Presidenta alerta para manobras cambiais e menciona tributação contra capital especulativo

Dilma deverá se encontrar com chanceler alemã, Angela Merkel, nesta segunda e voltará ao Brasil na terça (Foto: Roberto Stuckert Filho/Presidência)

São Paulo – A presidenta Dilma Rousseff criticou hoje (5), na Alemanha, as políticas cambiais adotadas pelos países que sofrem com os efeitos da crise econômica mundial. Dilma pediu ainda que os países desenvolvidos apostem mais em políticas de expansão do investimento e criticou a injeção demasiada de recursos no socorro financeiro aos bancos em dificuldades.

“Quando se expande nessa proporção a massa monetária produz dois efeitos: um é a desvalorização artificial da moeda. Tem um outro problema sério, cria-se uma massa monetária que não vai para a economia real, ela produz bolha, especulação”, afirmou Dilma. “A desvalorização não artificial da moeda é produzida por ganhos de competitividade das economias domésticas.”

A presidenta comentou que os países desenvolvidos não devem forçar políticas expansionistas monetárias, e sim optar por uma expansão do investimento: “O investimento não só melhora a demanda interna, mas abre também a demanda externa para os nossos produtos”. E citou o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras de (IOF) como possível medida para conter a entrada de dólares no Brasil. 

O encontro de Dilma com a chanceler alemã e principal líder das negociações na União Europeia (UE), Angela Merkel, servirá para debaterem os efeitos e possíveis soluções conjuntas para evitar o agravamento da crise econômica internacional. Outros assuntos de cooperação bilateral também estarão na pauta da reunião, como parcerias nas áreas de ciência, tecnologia e inovação.

Na terça-feira (6) pela manhã, a presidenta deve visitar a Feira Internacional das Tecnologias da Informação e das Comunicações (CeBIT), considerada a principal exposição de tecnologia do mundo.

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