Dilma busca experiência argentina de investigação de crimes da ditadura, diz jornal argentino

Presidente Dilma Rousseff e a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, durante encontro com as mães e avós da Praça de Maio (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR) São Paulo – Em sua […]

Presidente Dilma Rousseff e a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, durante encontro com as mães e avós da Praça de Maio (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

São Paulo – Em sua primeira viagem internacional como presidente, Dilma Rousseff reservou sua agenda na Argentina também para a troca de experiências sociais. O destaque em alguns jornais argentinos foi o encontro da presidente com membros das Mães e Avós da Praça de Maio, duas entidades que têm como objetivo encontrar crianças desaparecidas durante a ditadura militar daquele país.

O jornal Página 12 destacou o interesse da presidente em conhecer a experiência argentina na questão dos direitos humanos, principalmente no que se refere à memória e à verdade dos assuntos ligados à ditadura.

Segundo informações do jornal, o Brasil foi o primeiro país latinoamericano que abriu as portas à “Avós da Praça de Maio”. Para Estela Carlotto, presidente da instituição, foi pelo país que algumas das integrantes do grupo começaram a viajar por nações vizinhas para dialogar com os argentinos exilados que haviam sofrido repressão.

A ativista disse que Dilma Rousseff definiu o caráter do encontro como sendo para “conversar com as organizações sobre como fizeram na Argentina para resolver e abrir espaço ao tema da verdade e justiça, porque no Brasil ainda não se tem investigado a responsabilidade nos assassinatos e desaparecidos durante a ditadura”.

O encontro ocorre na tarde desta segunda-feira (31), na Casa Rosada, sede do governo argentino. As Mães e as Avós da Praça de Maio são organizações que ganharam expressão nacional e internacional pela busca dos corpos de desaparecidos políticos da ditadura militar argentina (1976-83).

Colaborou João Peres