Dilma afirma que oposição tenta barrar ProUni na Justiça

A candidata do PT em inauguração de comitê (Foto: Roberto Stuckert Filho) São Paulo – Em solo gaúcho, a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, lembrou, nesta […]

A candidata do PT em inauguração de comitê (Foto: Roberto Stuckert Filho)

São Paulo – Em solo gaúcho, a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, lembrou, nesta sexta-feira (13), de figuras histórias da política local que se transformaram em nomes de expressão nacional. Ela citou o ex-presidente Getúlio Vargas e o ex-governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola. A governista participa de um encontro de prefeitos em Porto Alegre (RS).

Dilma disse que, durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995 a 2002), os tucanos queriam enterrar o passado trabalhista brasileiro e citou a trajetória de defesa dos direitos e, principalmente, colocando em foco a educação como tema.

“O Lula é a representação de toda a trajetória de construção de oportunidades, de busca da igualdade social. Essa ponte que sai de Getúlio, percorre momentos difíceis, como um golpe militar. Depois vem a luta que Brizola travou e a sua volta e sua luta pela educação”, declarou.

A candidata também falou sobre o Programa Universidade para Todos (ProUni), que distribuiu bolsas de estudo para estudantes egressos de escolas públicas. “São 500 mil bolsas, e eles (partidos de oposição) tentaram destruir o ProUni, por meio de uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade), feita pelo DEM. Agora não adianta vir na eleição dizer que são a favor. A ação ainda está no Supremo (Tribunal Federal), é bom que se diga”, disparou.

Insistindo no tema educação, Dilma citou as “Brizoletas”, escolas iniciadas por Brizola no Rio Grande do Sul. A petista também disse que é necessário investir em aumento e na melhora da qualificação dos professores. “Nós queremos um país de classe média, que não condene milhões de pessoas a morar em trailers, que todos tenham e possam desfrutar das oportunidades. É a hora da educação no Brasil. Nós só daremos o salto em direção a uma sociedade desenvolvida se olharmos para a educação.”

Presidente pé-frio

A candidata também fez uma série de comparações entre os governos de Fernando Henrique Cardoso e de Luiz Inácio Lula da Silva, citando a marca de  14 milhões de empregos gerados com carteira assinada durante o governo petista, contra pouco menos de 800 mil de FHC em oito anos.

Ao falar sobre economia, a candidata continuou listando as comparações entre os dois governos. Uma das estratégias de Dilma é mostrar o vínculo entre o candidato do PSDB, José Serra, e o ex-presidente FHC.

Durante a crise, a oposição, disse Dilma, dizia que o PT não teria competência para enfrentá-la, mas Lula demonstrou que a pior crise econômica mundial desde 1929 faria apenas uma “marolinha” no Brasil.

“Feliz de nós que não temos um presidente pé-frio. A crise demonstrou que não era uma questão de sorte, diante da maior crise, tivemos a competência de transformar essa crise em uma marolinha, saímos dessa crise criando 951 mil empregos”, comparou.

A candidata também citou a valorização das empresas públicas e da atuação dos bancos públicos, em especialm o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) durante a crise. “Reagimos porque não privatizamos nossos bancos públicos. O BNDES, que hoje eles criticam, usaram para financiar empresas estrangeiras para comprar empresas brasileiras. Eles se passam por grandes gestores, mas precisam explicar como conseguiram a mágica de vender R$ 100 bilhões do patrimônio e aumentar a dívida de 30% para 60% do PIB”, calculou.

Na inauguração do comitê do PDT gaúcho, Dilma começou seu discurso ao som de “Brizola presente, Dilma presidente”. Antes, inaugurou um comitê suprapartidário no Teatro da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AmRigs).