pauta progressista

Centrais fazem ato no Rio por crescimento e democracia

'Primeiro passo para o desenvolvimento é encerrar a crise política que paralisa a economia em nome de interesses mesquinhos e individuais', afirma dirigente da CUT

divulgação/cut

Ato tem objetivo de denunciar o que as centrais chamam de “golpe” e pedir retomada do crescimento

São Paulo – Convocado por CTB, CUT e UGT, um ato na tarde de hoje, no Rio de Janeiro, vai cobrar mudanças na política econômica e medidas que apontem para o crescimento, além de protestar contra a possibilidade de impeachment da presidenta Dilma Rousseff e pedir a saída do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A manifestação deve começar às 16h, diante da Igreja da Candelária, na região central do Rio. Dali, eles sairão em caminhada até a sede da Petrobras, para concluir o ato na região da Cinelândia.

Segundo os organizadores, na primeira parte do movimento o foco estará no documento aprovado semana passada por seis centrais sindicais e entidades empresariais, chamado Compromisso pelo Desenvolvimento. No texto, todos pedem medidas como retomada dos investimentos, público e privado, e ampliação do crédito, além de aplicação dos chamados acordos de leniência para 29 empresas investigadas na Operação Lava Jato, para que possam voltar a operar e a firmar contratos. Os sindicalistas afirmam defender a continuidade das investigações, mas com punição a pessoas físicas responsáveis pelos crimes, sem prejudicar as operações das empresas.

“Temos propostas para o desenvolvimento e o primeiro passo é encerrar a crise política que paralisa a economia em nome de interesses mesquinhos e individuais. Chega de terceiro turno, a hora é de o Brasil retomar o crescimento”, afirma o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre.

Segundo o presidente da central no Rio, Marcelo Rodrigues, o estado poderá perder aproximadamente 50 mil postos de trabalho, depois que as obras das Olimpíadas (que serão disputadas em 2016) se acabarem. “A Operação Lava-jato já resultou no desinvestimento no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) , na indústria naval, que quebrou o estaleiro.” Os sindicalistas afirmam defender a continuidade das investigações, mas com punição a pessoas físicas.

Representantes das seis centrais signatárias do documento, além de como Abimaq (máquinas e equipamentos), Abit (indústria têxtil) e Anfavea (montadoras), esperam ser recebidos nesta semana pela presidenta Dilma Rousseff. Amanhã (9), às 10h, em Brasília, as entidades participam do Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e Previdência Social.