CPI do Cachoeira decide se para ou continua nesta terça-feira

Presidente da CPMI do Cachoeira, Odair Cunha: trabalhos já podem produzir “relatório consistente”; falta convocar a Veja (Jane de Araújo/Ag. Senado) São Paulo – É esperada para a próxima terça-feira […]

Presidente da CPMI do Cachoeira, Odair Cunha: trabalhos já podem produzir “relatório consistente”; falta convocar a Veja (Jane de Araújo/Ag. Senado)

São Paulo – É esperada para a próxima terça-feira (16), após reunião de líderes, uma definição sobre a prorrogação dos trabalhos da CPI do Cachoeira. O prazo final da CPI é o dia 4 de novembro, mas integrantes da comissão já começaram a coleta de assinaturas para tentar uma prorrogação. O argumento é de que ainda há mais de 500 requerimentos para serem apreciados.

O movimento pela prorrogação da CPI foi anunciado na última terça-feira (9) pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). A decisão veio após o jornal Folha de S. Paulo ter publicado a matéria segundo qual haveria um acordo para o encerramento da CPI, o que gerou protestos especialmente dos parlamentares de oposição. A prorrogação depende das assinaturas de um terço dos integrantes da Câmara e do Senado, 171 deputados e 27 senadores.

O acordo entre líderes visando o encerramento da CPI chegou a ser desmentido pelo vice-presidente da comissão, Paulo Teixeira (PT-SP), que afirmou à Rede Brasil Atual esperar que a reunião desta terça apreciasse e aprovasse o pedido para convocar o jornalista Policarpo Jr., diretor da sucursal da revista Veja, para depor.

Após a polêmica sobre o adiamento, o relator da CPI, senador Odair Cunha (PT-MG), afirmou que a comissão tem “prazo certo” e que, enquanto não for aprovada uma prorrogação, trabalhará com o prazo atual, 4 de novembro. Cunha garante ter “elementos fortes e contundentes” sobre o trabalho da organização criminosa.

“Não é verdade que se os trabalhos não forem prorrogados os fatos não serão investigados. Não vou antecipar o relatório, mas muito já foi feito. Com as informações que nós temos hoje na CPI mista, já podemos produzir um relatório consistente”, disse Cunha.

O resultado da reunião de líderes deve influenciar a votação dos 506 requerimentos que ainda precisam ser apreciados pela comissão, marcada para a quarta-feira (17) às 10h15. Entre os pedidos a serem analisados estão convocações e quebras de sigilo de empresas que seriam ligadas à organização criminosa que foi alvo da operação Monte Carlo. Mas os requerimentos podem não resultar em informações úteis à CPI, já que elas dificilmente chegariam antes do dia 4 de novembro.