Centrais sindicais fazem ato em São Paulo por redução da taxa de juros

O ato foi realizado no mesmo dia em que começou a última reunião do Copom este ano (Foto: Jaélcio Santana/Assessoria de imprensa da Força Sindical) São Paulo – Sindicalistas e […]

O ato foi realizado no mesmo dia em que começou a última reunião do Copom este ano (Foto: Jaélcio Santana/Assessoria de imprensa da Força Sindical)

São Paulo – Sindicalistas e integrantes de movimentos sociais promoveram na manhã desta terça-feira (29), em frente à sede do Banco Central (BC) em São Paulo, manifestações para pressionar pela redução da taxa básica de juros, a Selic. O evento acontece no mesmo dia em que começa a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do ano, que vai deliberar sobre a Selic – atualmente em 11,5% ao ano.

A manifestação foi organizada por cinco centrais: Força Sindical, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e União Geral dos Trabalhadores (UGT). Para o presidente da Força, o deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP), o ato serve para alertar que a atual política monetária do país facilita que os efeitos da crise internacional sejam sentidos também por aqui.

“Este é um ato simbólico para avisar aos burocratas do Copom que os trabalhadores e os movimentos sociais exigem juros mais baixos, além de aumento de salário e do salário mínimo. Isso é que põe o país no rumo do crescimento. Com os juros altos, a crise na Europa e nos Estados Unidos vai acabar chegando aqui”, afirmou.

Representando a União Municipal dos Estudantes Secundaristas (Umes), Jaqueline Cardoso disse que os movimentos sociais querem que se invista mais em áreas como educação, saúde e moradia, em vez de privilegiar o mercado financeiro, mantendo a taxa básica de juros em patamares elevados. “As escolas estão sem bibliotecas, sem laboratórios, sem material didático. Não aceitamos que as escolas estejam em situação tão precária enquanto os banqueiros ficam em seus iates”, defendeu.

Diferentemente da última manifestação contra a Selic em São Paulo – em outubro, organizada também pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) –, o ato desta terça resumiu-se à concentração em frente ao BC, e não foi seguido por passeata.