Ministro promete novo estímulo ao crédito nos próximos dias

São Paulo – O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, afirmou, nesta quarta-feira (30), que o governo federal estuda a criação de novos estímulos ao crédito no […]

São Paulo – O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, afirmou, nesta quarta-feira (30), que o governo federal estuda a criação de novos estímulos ao crédito no país. As medidas seriam voltadas a enfrentar os efeitos da crise externa sobre a economia brasileira e reverteriam, um ano depois, os efeitos das restrições aplicadas aos empréstimos a partir do último trimestre de 2010.

Pimentel participou da Conferência Américas + 10: Empresas e Empresários nas Américas em 2022, na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. A necessidade de conter o volume de empréstimos no fim do ano passado decorria do aquecimento da economia que, na visão do governo e do Banco Central, pressionavam a inflação. Foi ampliado o volume de depósitos compulsórios pelos bancos (parcela de todos as captações das instituições financeiras deixada sem remuneração junto à autoridade monetária) e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) foi elevada sobre crédito.

Pimentel revelou que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, conversa com empresários do varejo e da indústria sobre o assunto desde a semana passada. Ele lembrou que o Banco Central já promoveu medidas para incentivar o consumo, suspendendo parte das restrições criadas durante 2011. Além disso, a taxa básica de juros da economia, a Selic, sofreu dois cortes de 0,5 ponto percentual em cada uma das duas últimas reuniões realizadas pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Nesta quarta, o Copom conclui a última decisão do ano sobre juros. A expectativa de analistas ligados a bancos e a investidores no mercado financeiro apostam em novo corte de 0,5 ponto percentual, embora haja apostas de reduções mais drásticas.

Pimentel não detalhou quais seriam as novas ações, mas sugeriu que o alvo seria melhorar a concessão de crédito, com aumento de prazos, reclassificação por categoria na hora de oferecer financiamentos e juros mais baixos.

Com informações da Agência Brasil