impeachment

Cardozo vai ao STF questionar prazo de defesa e pedir mudança de relator

Além disso, advogado de Dilma também quer que gravações de Jucá com Sérgio Machado sejam incluídas no processo e que requerimentos não sejam votados em bloco

Jefferson Rudy/Agência Senado

Cardozo afirmou que defesa aceita anexação de outros materiais

São Paulo – O advogado da presidenta Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo, anunciou hoje (3) que vai entrar com quatro recursos no Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao processo de impeachment que tramita no Senado Federal. Cardozo frisou que eles serão entregues diretamente ao presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, em resposta ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que pediu para evitar a judicialização do processo.

O advogado também afirmou que a presidenta não está interessada em protelar o prazo de julgamento, mas também recusa a antecipação anunciada pela comissão especial do impeachment. Cardozo alega que o tempo correto do processo é essencial para a prática da ampla defesa.

Em relação aos recursos, eles se referem a: que os requerimentos apresentados pela comissão sejam apreciados um a um, e não em bloco; que seja avaliada a suspensão do relator, Antônio Anastasia (PSDB-MG), por ser de partido de oposição e presidente da legenda em seu estado; que a comissão aceite a inclusão dos áudios envolvendo o senador Romero Jucá e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado; e que a antecipação do processo seja cancelada, respeitando o devido processo legal.

Em relação aos áudios, a defesa da presidenta afirmou que aceita a inclusão de outros materiais de qualquer espécie, desde que sejam incluídas as conversas de Jucá com Machado.