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Cardozo defende aprovação do Marco Civil sem alterações no Senado

Ministro da Justiça diz que projeto contrariou interesses econômicos e foi 'vitória espetacular' que não deve ser alterada

Antônio Cruz/ABr

Cardozo: “Óbvio que interesses tentarão criar obstáculos”, mas projeto é “exemplo para o mundo”

Brasília – O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, defendeu hoje (31) a aprovação do projeto de lei do Marco Civil da Internet sem alterações no Senado. De acordo com ele, o texto aprovado na semana passada pela Câmara dos Deputados “contrariou muitos interesses” e, por isso, “deve haver intensa pressão para que sejam feitas modificações na proposta”.

“É claro que o projeto contrariou interesses econômicos, mas acho que conseguimos uma vitória espetacular, que não deve ser alterada. Portanto, acredito que o Senado irá aprovar o texto do marco civil, que brinda todos os brasileiros e todo o país como um país de vanguarda nessa área”, disse Cardozo.

Ele informou que conversará ainda hoje com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para tentar viabilizar a votação rápida da proposta. “É óbvio que interesses tentarão criar obstáculos, confundir, mas a opinião pública sabe muito bem que este projeto é um texto que, para o mundo, se coloca como exemplo. Gostaria muito que ele fosse aprovado com a máxima rapidez. A sociedade brasileira espera isso e será uma grande conquista.”

Em tramitação no Congresso Nacional há três anos, o projeto define os direitos e deveres de usuários e provedores de serviços de conexão e aplicativos na internet. A aprovação pelo Congresso abrirá caminho para que os internautas brasileiros possam ter garantido o direito à privacidade e à não discriminação do tráfego de conteúdos. A proposta foi aprovada pelos deputados depois de intensos debates.

Entre os principais pontos do projeto estão a garantia do direito à privacidade dos usuários, especialmente à inviolabilidade e ao sigilo das comunicações na rede mundial de computadores. Atualmente, as informações são usadas livremente por empresas que podem comercializar esses dados para setores de marketing ou vendas.

Com informações da Agência Brasil