Civilidade

Barroso, Lula e Pacheco tiram as grades no entorno do STF: ‘Gesto simbólico de normalidade democrática’

Para as autoridades, medida mostra que não há mais espaço para violência na Praça dos Três Poderes, palco dos ataques em 8 de janeiro de 2023

Fellipe Sampaio /SCO/STF
Fellipe Sampaio /SCO/STF
Barroso estava ao lado dos presidentes da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes

São Paulo – Logo depois da sessão de abertura do Ano Judiciário, no Supremo Tribunal Federal (STF), lideres dos três poderes foram até a área externa e retiraram as grades de proteção colocadas no entorno da sede. Segundo o presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, o objetivo era demonstrar publicamente que o país retomou a normalidade democrática. E que não há espaço para violência na Praça dos Três Poderes, palco de vandalismo e ataques em 8 de janeiro do ano passado.

“Eu acho que a retirada da grade é um gesto simbólico de normalidade democrática e de confiança na volta da civilidade das pessoas”, afirmou Barroso. “A vida democrática tem espaço para todas as visões, inclusive para os protestos, mas não para a violência”, acrescentou.

Ele estava ao lado dos presidentes da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.

Exposição

Amanhã (2) e na próxima segunda-feira (5), das 13h às 17h, o STF reabre para visitação pública a exposição “Após 8 de janeiro: Reconstrução, memória e democracia”. A mostra havia sido inaugurada por Barroso exatamente um ano depois dos ataques às sedes dos três poderes e aberta ao público no dia seguinte.

“A exposição traz ainda o projeto ‘Pontos de Memória’, implementado logo após os atos antidemocráticos e que exibe peças danificadas, fragmentos decorrentes da violência e demais vestígios físicos do ataque, instaladas em locais de maior circulação de pessoas”, informa ainda o Supremo. Depois desses dois dias, a mostra será levada ao Museu do STF.

Em dezembro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou a primeira denúncia contra um acusado de financiar atos golpistas no 8 de janeiro. Foi um morador de Londrina (PR), que conforme a denúncia fretou quatro ônibus para levar manifestantes golpistas a Brasília. Até agora, foram denunciadas mais de 1.400 pessoas.


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