Mundo dá voltas

‘As pessoas têm visão equivocada do MST. Perigo para o agronegócio é o Bozo’, diz Alckmin

Com Haddad e Marina em jantar com empresários e banqueiros, candidato a vice-presidente desmentiu fake news sobre onda de invasões de propriedades rurais caso Lula seja elito

Igor Carvalho/Brasil de Fato
Igor Carvalho/Brasil de Fato
Alckmin, ainda pré-candidato a vice de Lula, participa de evento do MST ao lado do presidente do PT-SP, Luiz Marinho, em Andradina

São Paulo – Em encontro com empresários, banqueiros e advogados, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) alertou para uma das principais fake news da campanha bolsonarista, que tenta convencer o eleitorado de que, em um eventual novo governo Lula, virá também uma onda de invasões de propriedades rurais, comandada pelo MST. “O MST mudou. Atualmente, dentro do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, há espaço para todo mundo.”

O vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa pela Presidência respondia a um questionamento irônico sobre como seria a “política de invasão de terra”, feito por um dos presentes no jantar na noite ontem (23), na região dos Jardins, em São Paulo. A informação é da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo.

“As pessoas têm uma visão equivocada do MST”, disse Alckmin, que completou: “O grande perigo para o agronegócio é o governo do Bozo”, usando um dos apelidos dados ao presidente da República nas redes sociais. Segundo a colunista, a explicação do ex-governador provocou aplausos e risos, da plateia.

“A União Europeia já aprovou. Onde tem desmatamento não pode importar. É o Lula que vai reinserir o Brasil na economia mundial, que vai fazer acordos internacionais, preservar o meio ambiente, combater a questão do clima”, afirmou o ex-tucano. Para acalmar ainda mais os reticentes, Alckmin afirmou aos convidados que dentro do agronegócio haverá espaço de crescimento “para o pequeno, para a cooperativa” e “também para o grandão”.

No evento, além do ex-governador, estava o candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, e a vice, Lúcia França (PSB), além das deputadas federais eleitas Marina Silva (Rede-SP) e Tabata Amaral (PSB-SP).

Haddad e a ameaça fascista

“É uma coisa até inusitada, mas hoje eu estava fazendo carreata, no Jardim Ângela, com Boulos e com Alckmin no carro”, afirmou Haddad, também desencadeando risada entre os presentes, segundo a colunista da Folha. “A gente tem diferenças que vale a pena explorar num debate eleitoral. Mas não é isso o que está em jogo hoje, se você é trabalhista, um social-democrata ou socialista. Estamos tratando de outra coisa, se vamos respirar ou não”, alertou o ex-prefeito.

Henrique Meirelles

Na tarde desta segunda-feira (24), o presidente do Banco Central no período Lula, Henrique Meirelles, explicou à GloboNews por que apoia Lula. “Tivemos oito anos de uma convivência excelente e muito sucesso, com a criação de 11 milhões de empregos, o país cresceu 4% ao ano etc. A minha experiência com ele me dá confiança de que ele vai repetir uma experiência de sucesso, que foram aqueles anos de governo dele. Portanto, é esta a base do meu apoio”, afirmou.

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