Ajustes finais

Arcabouço fiscal ‘é importante para redução da taxa de juros’, afirma Rodrigo Pacheco

Presidente do Senado prevê votação das novas regras fiscais na Casa na próxima terça. Relator vai retirar do texto as limitações ao Fundo Constitucional do DF e ao Fundeb

Pedro Gontijo/Senado Federal
Pedro Gontijo/Senado Federal
Simone Tebet e Fernando Haddad (à esquerda) se reuniram com líderes e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco

São Paulo – As movimentações foram intensas no Senado Federal, na manhã desta quinta-feira (15), em torno da votação do arcabouço fiscal, prevista inicialmente para a próxima terça (20). O texto já foi aprovado na Câmara. Se os senadores fizerem modificações, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 93/2023 volta para análise dos deputados. “A aprovação do texto é muito importante, inclusive para a redução da taxa de juros”, disse à imprensa o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

O relator das novas regras fiscais no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), já anunciou, também hoje, que vai alterar o texto votado na Câmara. Aziz informou que vai retirar a limitação imposta pelos deputados ao crescimento do Fundo Constitucional do Distrito Federal. E também que o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), no telatório, sairá do controle de gastos.

“O meu relatório vem com a retirada dos dois”, afirmou. “Essa questão de tirar dinheiro do Estado para custeio de pessoas é uma questão que não se brinca”,  disse. “Estamos discutindo politicamente, não quero que entendam que a corda esteja esticada entre a Câmara e o Senado”, destacou Aziz.

Haddad e Tebet no Senado pelo arcabouço fiscal

Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, foram ao Senado, onde conversaram com líderes e foram recebidos pelo presidente da Casa. Haddad defendeu que haja “um entrosamento prévio (entre deputados e senadores) para que não tenhamos surpresas, uma vez que estamos tentando fazer tudo de comum acordo, com quórum expressivo”.

Segundo ele, a equipe econômica foi ao Senado “prestar esclarecimentos técnicos” sobre as consequências de eventuais modificações pelos senadores. “O que estamos tentando fazer é esse entendimento para que não haja grandes alterações”, disse o ministro.

Em entrevista coletiva após a reunião com Haddad e Tebet, o presidente do Senado sinalizou que não vê dificuldades na aprovação do PLP 93. “Se houver algum tipo de modificação, retorna à Câmara, e a Câmara pode apreciar o que for modificado pelo Senado”, disse Pacheco.

Pacheco: “Ambiente de harmonia”

Ele destacou a importância da matéria para o país. “O ambiente de harmonia, interação e objetivos comuns entre Legislativo e Executivo tem surtido muito bons efeitos na economia”, afirmou o senador, citando o arcabouço fiscal e a “iminência” da reforma tributária.

“Esperamos que na próxima semana, terça-feira, apreciado na Comissão de Assuntos Econômicos, vamos levar diretamente ao plenário”, anunciou. 


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