Aprovado em comissão, recondução de Gurgel à PGR vai a plenário no Senado

Foram 21 votos a 1 a favor de novo mandato

Roberto Gurgel (esquerda) disse que seria burrice agradar um ministro na porta de saída, se referindo a Palocci (Foto: Lia de Paula\ Ag. Senado)

São Paulo – A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, nesta quarta-feira (3), a recondução de Roberto Gurgel para mais um mandato à frente da Procuradoria-Geral da República. Pelo placar de  21 votos a 1, os senadores aprovaram a indicação de permanência de Gurgel feita pela presidenta Dilma Rousseff,.

Antes da votação, Gurgel passou por uma sabatina na CCJ. Foi questionado sobre o futuro do Ministério Público e a respeito do arquivamento do processo de investigação do caso Antonio Palocci – fora do governo desde junho devido ao constrangimento causado pelo seu aumento patrimonial –, entre outros temas.

“Quero dar continuidade ao trabalho de construção do Ministério Público do futuro sem afastar outras iniciativas que serão necessárias”, discursou Gurgel.

Sobre o caso do ex-ministro-chefe da Casa Civil, o procurador-geral negou que o arquivamento das acusações tivesse a intenção de “agradar” a presidenta Dilma. Afirmou que seria “uma demonstração de extrema burrice”, uma vez que Palocci, segundo ele, já “estava na porta de saída”.

Gurgel assumiu a PGR em 2009 e foi indicado por Dilma para ser reconduzido ao posto até 2012, após ser o mais votado em eleição realizada entre os procuradores. A presidenta repete o critério já adotado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de seguir a indicação da maioria, embora tivesse a prerrogativa de optar entre Gurgel e outros dois nomes mais bem votados.