São Paulo – Diante da péssima repercussão – incluindo insinuações de estar abandonando o barco da campanha de Jair Bolsonaro à reeleição –, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), recuou e parece ter desistido de tirar férias, conforme anunciou, a poucos dias do primeiro turno da eleição presidencial. “Informamos que o ministro Ciro Nogueira interrompeu a tramitação do seu pedido de férias, devido a diversos compromissos inadiáveis na próxima semana”, disse a assessoria em comunicado.

Principal coordenador político da campanha do presidente, Nogueira é a voz do Centrão no governo. Ele mesmo havia confirmado que acompanharia a reta final do primeiro turno de votações, em 2 de outubro, distante do Palácio do Planalto e da cúpula da campanha de Bolsonaro.  “Como eu tenho direito a férias, vou tirar aqui quatro ou cinco dias de férias na próxima semana para me dedicar à eleição do presidente no meu Piauí”, disse ele à CNN Brasil.

O ministro iria ao Piauí, seu colégio eleitoral, para trabalhar na campanha de sua ex-mulher, Iracema Portella (PP), candidata a vice na chapa de Sílvio Mendes (União Brasil) ao governo estadual.

O retiro de Ciro Nogueira foi considerado mais um indício do “baixo-astral” que estaria tomando conta da campanha de Bolsonaro após as três pesquisas divulgadas esta semana (Ipec, Datafolha e Ipespe) confirmarem um cenário muito adverso às suas pretensões de um novo mandato. Mais que isso, que os levantamentos indicam que aumentam as possibilidades de que o candidato da coligação Brasil da Esperança, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seja eleito já no primeiro turno.

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