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Datafolha: Lula sobe a 47%, com fôlego para vencer no primeiro turno

Lula é o único a crescer, segundo o novo Datafolha e está com mais de 50% dos votos válidos. Bolsonaro para em 33%, Ciro tem 7% e Tebet, 5%

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Bolsonaro não consegue reduzir diferença. Ciro e Simone seguem sem força. Só Lula cresce

São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ampliou para 14 pontos percentuais a vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL), e fortalece a chance de vitória no primeiro turno da eleição presidencial. Nova pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (22), traz Lula consolidado na liderança, com 47% das intenções de voto – eram 45% no levantamento anterior. Bolsonaro, por sua vez, parou nos 33%. Considerados apenas os votos válidos declarados aos candidatos em disputa (descontados nulos, brancos e nenhum), o candidato da coligação Brasil da Esperança está com 50,5%, 1 ponto percentual acima da soma dos adversários.

Os números da pesquisa estimulada

  • Lula (PT): 47% (+2 pontos sobre pesquisa de 15 de setembro)
  • Jair Bolsonaro (PL): 33% (=)
  • Ciro Gomes (PDT): 7% (-1)
  • Simone Tebet (MDB): 5% (=)
  • Soraya Thronicke (União Brasil): 1% (-1)
  • Felipe d’Avila (Novo): 0% (=)
  • Sofia Manzano (PCB): 0% (=)
  • Vera (PSTU): 0% (=)
  • Léo Péricles (UP): 0% (=)
  • Constituinte Eymael (DC): 0% (=)
  • Padre Kelmon (PTB): 0% (=)
  • Em branco/nulo/nenhum: 4% (=)
  • Não sabe: 2% (=)

A pesquisa Datafolha (registro no TSE BR-04180/2022) ouviu 6.754 pessoas em 343 municípios entre terça e hoje (20 a 22). A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

“Vira voto” de um lado, bizarrices de outro

De um lado, a nova pesquisa Datafolha já capta resultados de uma semana em que diversos setores da sociedade fortalecem a campanha pelo “vira voto” a favor de Lula. Personalidades do meio artístico, cultural, político e do meio acadêmico, mesmo não sendo eleitores de Lula, se movimentam para que a eleição presidencial seja decidida em 2 de outubro. O objetivo, nesse sentido, é evitar que o bolsonarismo intensifique a onda de violência política e promova o discurso golpista para não reconhecer o resultado das urnas. Isso porque as candidaturas de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) não evoluíram. Ele está com 7% e ela, com 5%.

Por outro lado, o levantamento traduz, também, uma série de fatores negativos associados à campanha de Bolsonaro. O postulante à reeleição fracassou na tentativa de reduzir sua rejeição em diversos estratos sociais – como os mais pobres, jovens e mulheres – com medidas eleitoreiras e discursos que não condizem com seu histórico. Além disso, apostou em uma agenda errática ao promover comícios eleitorais com dinheiro público e agendas institucionais. Primeiro no funeral da rainha Elizabeth II, em Londres. Depois na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York.

A conduta do mandatário voltou a envergonhar o Brasil internacionalmente nas duas ocasiões. A ponto de personalidades do mundo todo assinarem carta em defesa da democracia e defendendo o voto em Lula no primeiro turno.

Segundo turno e estratos sociais

Os estratos sociais que vêm assegurando a liderança de Lula desde o ano passado seguem, segundo o Datafolha, ao lado do ex-presidente. Ele tem vantagem larga vantagem entre as mulheres, os mais jovens, os eleitores que ganham até dois salários mínimos, os católicos e os beneficiários do Auxílio Brasil.

  • Entre as mulheres (49% a 29%)
  • Entre os mais jovens – de 16 a 24 anos (54% a 24%)
  • Entre os eleitores com ensino fundamental (56% a 26%);
  • Entre os mais pobres – que recebem até dois salários mínimos (57% a 24%);
  • Entre quem se declara preto (55% a 25%);
  • Entre os católicos (53% a 28%).
  • Entre beneficiários do Auxílio Brasil (59% a 26%)

Lula lidera com folga na região Nordeste (62% a 24%) e mantém vantagem no Sudeste (41% a 36%), no Norte (42% a 36%) e no Sul (40% a 39%). Bolsonaro fica numericamente à frente no Centro-Oeste (41% a 38%).

Caso seja necessário o segundo turno, em 30 de outubro, Lula mantém vantagem, de 54% e 38%, sobre Bolsonaro (59% a 41%, considerados os votos válidos).


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