em pouco tempo

Ameaça de retirada de direitos já é realidade, segundo ministros do governo Dilma

Reunidos ontem (8) no Palácio da Alvorada, ex-integrantes da equipe da presidenta afirmam que golpe aumenta exploração dos trabalhadores

reprodução/TVT

Para ex-ministros, objetivo do golpe é ‘acabar com os sindicatos, com os direitos trabalhistas, com tudo’

São Paulo – Para ex-ministros do governo Dilma, que se reuniram ontem (8) no Palácio da Alvorada, as ameaças por parte do governo interino de retirar direitos e conquistas históricas dos trabalhadores já começa a se concretizar. Participaram do encontro os ministros Carlos Gabas, da Previdência; Ricardo Berzoini, da Secretaria do Governo; Jaques Wagner, da Casa Civil; Miguel Rossetto, do Trabalho; e José Lopez Feijóo, secretário nacional do Trabalho.

“Em pouco mais de dois meses do governo interino, já tem um processo claro, concreto, de desmonte das estruturas… o Ministério da Previdência, por exemplo, acabou”, afirma  Carlos Gabas. Para ele, a transferência de competências do Ministério de Previdência para a Fazenda reduz o espaço de interlocução com a sociedade, e transforma a discussão “de caráter social altíssimo para uma discussão meramente econômica”.

“Está aí o objetivo do golpe. É acabar com os sindicatos, com os direitos trabalhistas, com tudo”, concorda Jaques Wagner.

Feijóo destacou o modelo de relação de trabalho pretendido pelo governo interino. “Trabalhar 80 horas semanais, se aposentar depois dos 70, quando morre após dois anos, segundo a expectativa de vida, trabalhando com uma hora extra ridícula e sem direitos. Esse é o trabalhador ideal que este golpe está construindo.”