São Paulo – Ao assumir o Ministério do Esporte, nesta quinta-feira (27), Aldo Rebelo prometeu relacionamento independente do governo brasileiro com a Federação Internacional de Futebol (Fifa) em negociações sobre cooperação para a Copa do Mundo de futebol de 2014, programada para o país. A presidenta Dilma Rousseff não teria feito demandas específicas sobre o tema, cujas principais definições estão definidas no projeto de Lei Geral da Copa, enviado pelo Executivo ao Congresso Nacional em setembro. Aldo deve tomar posse como ministro na próxima segunda-feira (31).

“Não houve recomendação da presidenta (sobre a relação com a Fifa) e creio que o relacionamento deve ser o de praxe”, disse o ministro a jornalistas. “A Fifa tem uma responsabilidade diante da Copa do Mundo, o governo tem também a sua responsabilidade e trabalharão, naturalmente, levando em conta a cooperação necessária na promoção e na construção da Copa do Mundo e a independência entre as duas instituições”, resumiu.

Alguns temas, como meia entrada para estudantes no preço de ingressos na Copa e venda de bebidas alcóolicas em estádios localizados em estados onde a comercialização é proibida, são motivo de divergências entre o governo brasileiro e a Fifa. Por ter patrocínio de marcas de cerveja, a federação quer liberação, enquanto a União prefere não interferir nas outras instâncias de governo. O mesmo aplica-se ao desconto, já que a prática é regida por normas estaduais.

O até então deputado federal por São Paulo e ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), se disse favorável à meia entrada para estudantes. Mesmo assim, ele afirmou que pretende defender a posição do governo, o que significa que não há planos de se rever o projeto de lei encaminhado ao Legislativo.

Convênios

Rebelo assumiu o cargo no lugar de Orlando Silva, desgastado após duas semanas de acusações relacionadas a convênios assinados pelo ministério. Por isso, parte das declarações do recém-nomeado foram relacionados às ONGs que recebem recursos da pasta. Ele disse que “certamente” serão feitas alterações na equipe da pasta, sem que isso implique “condenação” prévia dos citados nas suspeitas.

Com informações da Reuters