Aécio sugere Lula como ‘presidente da ONU’

Governador de Minas Gerais ainda descarta 'chapa puro-sangue' do PSDB e sugere Lula representando o Brasil em organismos internacionais como ONU ou OEA

Governador de Minas chama de autoritária a estratégia petista de dividir país entre “nós e eles” (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Um mês depois de anunciar sua desistência de concorrer à Presidência da República em 2010, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, descartou, nesta segunda-feira (18), a possibilidade de ser vice em uma chapa encabeçada por José Serra, governador de São Paulo. Aécio sugeriu ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha “um papel de destaque” organismos internacionais após o término de seu mandato.

“Não cabe a mim, aqui, lançar o presidente Lula a presidente da ONU, da OEA, mas eu acho que ele encontrará apoios importantes em países em desenvolvimento para ser, quem sabe, aquilo que alguns analistas internacionais buscaram caracterizar como um dos mais importantes porta-vozes dos países em desenvolvimento”, analisou em entrevista a Bob Fernandes, do Terra Magazine. A rigor, o mais alto cargo da Organização das Nações Unidas e dos Estados Americanos é o de secretário-geral. Há apenas a presidência da assembleia desses órgãos.

“Para isso (ter um cargo relevante em organismo internacional), é fundamental que ele, no processo eleitoral, não se curve à sedução de utilização da máquina pública e à utilização exagerada do Estado numa disputa que tem que ser transparente”, condicionou.

Sobre a possibilidade de ser vice de José Serra em uma candidatura à presidência, ele foi enfático: “Chance zero”. Ele diz preferir se dedicar a sua própria sucessão, em Minas Gerais, além de apoiar o candidato do PSDB na disputa nacional.

Ele defendeu ainda que seu partido conversasse com o PMDB para tentar evitar que a legenda, dona do maior número de prefeitos e deputados federais no país, mantivesse seu apoio à Dilma Rousseff, pré-candidata do PT e ministra-chefe da Casa Civil.

O governador mineiro ainda chamou de autoritária o que considera a estratégia petista para a campanha de dividir o país entre “nós e eles” ou entre aliados e adversários. “O PT quer consagrar isso, como se eles fossem os bons e nós fossemos os maus”, criticou.

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