ACM Neto vence em Salvador e traz de volta o ‘carlismo’
ACM Neto dá novo fôlego ao ‘carlismo’ na Bahia (Foto: José Cruz/ABr) São Paulo – O deputado federal ACM Neto (DEM) foi eleito hoje (28) prefeito de Salvador (BA). Com […]
Publicado 28/10/2012 - 20h16
São Paulo – O deputado federal ACM Neto (DEM) foi eleito hoje (28) prefeito de Salvador (BA). Com 100% das urnas apuradas, ele obteve 717.865 votos (53,521% dos válidos), contra 623.734 do petista Nelson Pelegrino. As abstenções ficaram em torno de 21%. Brancos e nulos somaram pouco mais de 9%.
Aos 33 anos, Antonio Carlos Magalhães Neto vai ocupar pela primeira o cargo de prefeito da capital baiana, reduto do carlismo inaugurado por seu avô e que muitos supunham derrotado quando da vitória de Jaques Wagner (PT) para o governo do estado em 2006.
Na Câmara dos Deputados, ACM Neto exerce o terceiro mandato e atualmente é líder do DEM na Casa. Advogado por formação, o democrata já foi vice-presidente da Câmara e Corregedor.
ACM, que faz forte oposição ao governo Dilma Rousseff, comemorou o resultado das urnas e agradeceu os eleitores em seu perfil do Twitter.
“O povo escolheu defender Salvador! Obrigado! Vamos juntos fazer uma nova história!”, disse o prefeito eleito.
A senadora Lídice da Mata (PSB), uma das coordenadoras da campanha de Pelegrino à prefeitura, creditou a derrota à dificuldade em colar a má administração do atual prefeito, João Henrique Carneiro (PP), ao candidato do DEM.
Durante o período eleitoral, os dois candidatos tentaram desvincular sua imagem de Carneiro.
“O que aconteceu foi que nós, apesar do desempenho extraordinário do nosso candidato, não conseguimos mostrar que a péssima administração do prefeito João Henrique não tinha relação com o nosso candidato, e sim com o ACM Neto”, disse a coordenadora à Reuters.
Segundo a senadora, as recentes greves dos policiais militares e dos professores também prejudicaram a candidatura de Pelegrino. “A greve dos professores e da Polícia Militar deixou o funcionalismo, no mínimo, neutro”. Lídice reclamou ainda de ataques, o que classificou de “baixarias” da campanha adversária.
O ex-deputado José Carlos Aleluia (DEM), por sua vez, responsável pela coordenação da campanha de ACM, disse que a campanha petista falhou principalmente ao insistir na proximidade com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma.
“Foi um conjunto de fatores, mas o candidato deles tinha grandes problemas. Não tinha propostas e ficou o tempo todo atacando o nosso candidato e tentando mostrar o alinhamento com Lula e Dilma. Usou isso como única arma”, disse Aleluia.
Com informações da Agência Brasil e da Reuters