Repercussão dos atos

Pacheco diz que Congresso não aceitará ‘retrocesso e autoritarismo’

Presidente do Senado voltou a defender o respeito ao processo eleitoral e ao Estado de Direito. Lira também afirmou que a Câmara é o “coração” da democracia

Roque de Sá/Agência Senado
Roque de Sá/Agência Senado
Em recentes declarações, Pacheco tem garantido a posse dos eleitos em 1º de janeiro de 2023

São Paulo – Em meio aos atos e mobilizações pela democracia em todo o país, nesta quinta-feira (11), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também se manifestou. Pelas redes sociais, ele afirmou que “o Congresso Nacional sempre será o guardião da democracia e não aceitará qualquer movimento que signifique retrocesso e autoritarismo”. É mais um recado ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que constantemente ataca a lisura do sistema eleitoral e ameaça não reconhecer o resultado das eleições de outubro.

“Não há a menor dúvida que a solução para os problemas do país passa necessariamente pela presença do Estado de Direito, pelo respeito às instituições e apoio irrestrito às manifestações pacíficas, à liberdade de expressão e ao processo eleitoral”, disse o parlamentar, que também preside o Congresso Nacional.

Por fim, ele afirmou que “desenvolvimento, bem-estar e justiça só prosperam em ambiente de livre pensamento, base da verdadeira pátria livre e soberana”.

No início do mês, após receber representantes da Coalizão em Defesa do Sistema Eleitoral, Pacheco garantiu que, em 1º de janeiro de 2023, o Congresso Nacional dará posse “ao presidente da República eleito pelas urnas eletrônicas do nosso país, seja qual for o eleito”.

No mês passado, Pacheco se reuniu com o candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva e uma comitiva de senadores da oposição. Do mesmo modo, ele também garantiu que os eleitos serão empossados.

Lira também se pronuncia

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), também se manifestou, de maneira mais protocolar. Ele limitou-se a afirmar que a Câmara é “o coração e a síntese da democracia”. “No Legislativo, todos os dias são atos pela democracia, atos que produzem efeitos concretos e transformadores na vida do País e dos brasileiros”, afirmou.

Anteriormente, Lira havia sido criticado por silenciar perante os ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral em reunião com embaixadores, no mês passado. Nove dias depois, no entanto, em convenção do PP que oficializou o apoio a reeleição de Bolsonaro, Lira disse que sempre foi “a favor da democracia, de eleições transparentes”, além de confiar no sistema eleitoral do país.

Confira imagens da cobertura colaborativa do 11 de agosto pelo Brasil