Eleições 2022

Quadro das intenções de voto para a Presidência continua favorável a Lula, aponta pesquisa

Ex-presidente lidera com folga no primeiro turno e vence em todos os cenários nas simulações de segundo turno. Petista registra também a menor reprovação comparado com Bolsonaro, Moro, Ciro e Doria

Ricardo Stuckert
Ricardo Stuckert
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São Paulo – Nova pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (8), mostra que o quadro das intenções de voto para a presidência nas eleições de 2022 continua favorável ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O petista lidera com folga a disputa e, segundo o levantamento, vem se aproximando de uma vitória no primeiro turno. Nas simulações com outros sete pré-candidatos, Lula sai na frente com 46% votos. 

Já o presidente Jair Bolsonaro (PL) permanece em segundo lugar, com 23% das intenções. O atual mandatário, no entanto, é derrotado em qualquer cenário de segundo turno. O ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (Podemos) aparece em terceiro, com 10% dos votos. Atrás dele, em quarto, viria Ciro Gomes (PDT), com 5%, e João Doria (PSDB), na quinta posição, com 2%. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), e o pré-candidato à Presidência pelo Novo, Felipe D’Ávila, aparecem empatados com 1%. O número brancos e nulos é de 7% e o de indecisos, 5%. 

A pesquisa também mostra que nas simulações de segundo turno, Lula vence em todos os cenários. O ex-presidente soma 55% dos votos, ante 31% de Bolsonaro. Na disputa com Moro, o petista tem 53% a 29%. Com Ciro Gomes, segundo a pesquisa, Lula registra 54% das intenções, ante 21%. O desempenho é maior sobre a candidatura de Doria, com 57% dos votos a 14%, e Rodrigo Pacheco, 58% a13%. 

Mais conhecido e menos reprovado

O levantamento foi feito presencialmente, com 2.037 entrevistas em 120 municípios nos 26 estados e no Distrito Federal, dos dias 2 a 5. O nível de confiança da pesquisa é de 95%. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

A pesquisa também questionou os entrevistados sobre o reconhecimento das candidaturas. O resultado mostra que Lula é o nome mais conhecido e menos rejeitado pela população. Apenas 1% dos eleitores não o conhecem. Entre os que o conhecem, 43% não votariam no petista, 19% poderiam votar e 36% votariam nele. Bolsonaro tem o pior desempenho. Embora somente 2% não o conheçam, 64% dos que conhecem não votariam nele e apenas 17% dos que conhecem votariam. 

Atrás dele em rejeição aparece o ex-juiz e ex-ministro Moro. que não é reconhecido por 13% dos eleitores. E entre quem o conhece, a maioria, 61%, não votaria nele para a Presidência. Até 6% disseram que o conhecem e votariam nele. Já Doria é desconhecido por 24% dos entrevistados e 59% dos que o conhecem não votariam no governador de São Paulo. O ex-ministro Ciro Gomes também não é conhecido por 18%. Entre os eleitores que o reconhecem, 55% afirmaram que não votariam nele que registra 4% de convictos em sua candidatura. Rodrigo Pacheco e Felipe D’Ávila, contudo, são os mais desconhecidos pelos eleitores, com 57% e 74%, respectivamente. 

Reprovação de Bolsonaro

Desde julho, o estudo da Quaest também vem monitorando a avaliação do governo. Pela nova pesquisa, a reprovação de Bolsonaro recuou de 56%, em novembro, para 50%. Com avanço principalmente na região Sul, onde o presidente saiu de 54% de reprovação para 40%, no mesmo período. A aprovação aumentou sete pontos percentuais, de 19% para 26%. Na contramão desse movimento, a rejeição ao governo aumentou no Nordeste, oscilando de 60% em novembro para 61%, neste mês. Também houve ligeira queda na aprovação, de 16% para 14%. 

De acordo com os entrevistados em todas as regiões, a reprovação tem a ver para 70% com a postura que consideram negativa de Bolsonaro sobre o combate à inflação. Pelo menos 41% veem a Economia como o principal problema do país, o que agrega o desemprego (18%), seguido pelo crescimento econômico (14%) e inflação (9%). O segundo problema criticado é saúde e o enfrentamento da pandemia (19%). Questões sociais, como a fome e a miséria, preocupam 14% dos eleitores. A corrupção aparece em último, com 10% das menções. 

A pesquisa também questionou sobre os hábitos de mídia dos entrevistados. A TV (52%), as redes sociais (22%) e sites, blogs e portais de notícias (9%) são os mais citados pela população para se informar sobre política. Amigos, familiares e conhecidos são uma via de informação para 5%. Até 3% disseram não acompanhar e 2% usam o WhatsApp. Em relação às notícias dos telejornais e jornais impressos, 24% afirmaram que acreditam nas notícias. Mas a maioria, 59%, alegou que acredita um pouco, mas acha que os veículos exageram. 

Redação: Clara Assunção – Edição: Helder Lima

Com informações de O Globo