"Tá tudo caro"

MTST protesta contra a fome na mansão de Flávio Bolsonaro

“Enquanto o povo está na fila do osso, a família Bolsonaro esbanja luxo com dinheiro duvidoso”, disse Guilherme Boulos

Divulgação/MTST
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"R$ 6 milhões pra mansão" e "19 milhões sem feijão" dizem as faixas levadas pelos manifestantes

São Paulo – Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e da Frente Povo Sem Medo realizam nesta quinta-feira (30) um protesto em frente à mansão do senador Flávio Bolsonaro em Brasília. Com faixas e cartazes denunciado a fome que assola os brasileiros, eles ocupam a entrada do condomínio de luxo onde fica o imóvel avaliado em cerca de R$ 6 milhões. Os manifestantes também ergueram ossos em alusão ao avanço da miséria no país.

“Enquanto o povo está na fila do osso, a família Bolsonaro esbanja luxo com dinheiro duvidoso”, disse Guilherme Boulos, coordenador do MTST. As faixas levadas pelos manifestantes denunciam a desigualdade, com os dizeres “R$ 6 milhões pra mansão” e “19 milhões sem feijão”.

De acordo com o MTST, a ação faz parte da jornada contra a fome e a inflação. Chamada “Tá tudo caro, a culpa é do Bolsonaro!”, a campanha foi iniciada na semana passada com a ocupação da sede Bolsa de Valores (B3) em São Paulo.

A propriedade de Flávio Bolsonaro fica no Setor de Mansões Dom Bosco, área nobre do bairro Lago Sul em Brasília. A casa de dois andares conta com piscina, paisagismo irrigado artificialmente, piso de mármore carrara, quatro suítes, spa com aquecimento solar e espaço gourmet.

Rachadinha

Adquirido em fevereiro, o valor do imóvel é três vezes maior do que o patrimônio declarado pelo senador em 2018. A suspeita é de que a mansão tenha sido comprada com recursos públicos desviados no esquema de rachadinha. Além disso, os R$ 6 milhões coincidem com os valores desviados que constam na denúncia apresentada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ).

“Já que na Esplanada não resolve e não conseguimos encontrar nenhum deles (integrantes da família Bolsonaro), decidimos ir atrás deles para denunciar que, enquanto o povo passa fome, o filho do presidente compra uma mansão”, disse Eduardo Borges, da direção do MTST, ao portal UOL.


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