Minas

Marília Campos vence antipetismo em Contagem-MG: ‘Tentaram apagar a história’

Prefeita eleita afirmou que o candidato adversário tentou aumentar sua rejeição espalhando bandeiras “PT não”. A petista Margarida Salomão também destacou vitória inédita de uma mulher em Juiz de Fora

Reprodução/TVT
Reprodução/TVT

São Paulo – Após oito anos, Marília Campos (PT) voltará ao comando da prefeitura de Contagem, interior de Minas Gerais. Eleita com 51,35% dos votos, em entrevista na edição especial do programa Brasil TVT neste domingo (29), ela destacou a vitória num disputa “muitíssimo apertada”, contra Felipe Saliba (DEM), que ficou com 48,65%. “É uma vitória não apenas de Contagem, mas da esquerda”.

Marília foi prefeita de Contagem por duas vezes seguidas, entre 2004 e 2012. Ela disse que foi uma campanha atípica, em função da pandemia, com uso das redes sociais e carreatas. Também destacou que teve que enfrentar agressões e propagadas irregulares baseadas no antipetismo. “A cidade acordava repleta de bandeiras ‘PT não'”, relatou.

“Tentaram apagar a história que eu tenho com a cidade”, disse a prefeita eleita, que destacou que nunca escondeu o seu partido. “Disseram que eu ia trazer a Dilma, o Pimentel, o Haddad e o Lula para fazer parte da minha equipe de governo. Essa foi a campanha do meu adversário, onde ele falou muito pouco dele. E falou o tempo todo da gente.”

Além do antipetismo, a campanha adversária também tentou colar em Marília a rejeição do atual prefeito Alex de Freitas (sem partido), que conta com apenas 5% de aprovação. Isso porque ele teria dado declaração atestando a honestidade da candidata petista. “Colocaram carros de som em toda a cidade, dizendo que o prefeito me apoiava. Queriam transferir a rejeição do prefeito para a minha candidatura”, afirmou.

Desafios

O principal desafio em Contagem, segundo Marília, é implementar políticas públicas com o objetivo de fomentar a recuperação econômica do município. Ela disse que pretende estimular “o empreendedorismo, o cooperativismo e a economia solidária”, para garantir emprego e renda para a população.

Além disso, a prefeita eleita também afirmou que pretende desenvolver protocolos pedagógicos e de saúde para possibilitar o retorno às aulas. A previsão, segundo ela, é que as escolas da cidade voltem a receber os estudantes em fevereiro do próximo ano, caso a taxa de transmissão do novo coronavírus esteja sobre controle. Ela também destacou que pretende melhorar o acesso ao sistema municipal de saúde, já que houve aumento da demanda, em função da pandemia e da alta do desemprego.

Juiz de Fora

Em Juiz de Fora, a prefeita eleita Margarida Salomão (PT-MG) comemorou a conquista inédita de ser a primeira mulher a comandar a cidade, desde a sua fundação, há 170 anos. Também afirmou que inaugura uma “nova era”, já que o PT, “que sempre foi bem votado”, nunca havia chegado à prefeitura.

Margarida prometeu, ainda, governar com “responsabilidade e muita esperança”, para garantir o “direito à cidade” a todos os seus habitantes. “É necessário ter uma cidade em que tudo é para todos. E nós vamos trabalhar para isso”, afirmou.

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