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Em vídeo, Bohn Gass mostra quem ganha e quem perde com projeto de partilha de Serra

'Quem sai melhor é a Chevron, a Esso, a Shell, as grandes petrolíferas do mundo. Para elas que estão trabalhando (...) Perde o emprego, a tecnologia, a saúde e a educação', afirma deputado

reprodução/facebook

Bohn Gass: ‘Esse projeto não pode vingar. Não pode ser plano de governo, deve ser de Estado’

São Paulo – O deputado federal e historiador Elvino Bohn Gass (PT-RS) divulgou, através de redes sociais, um vídeo onde esquematiza o tamanho do prejuízo que o país deve sofrer se o Congresso aprovar o Projeto de Lei do Senado (PLS 131/05) de autoria do senador José Serra (PSDB-SP). “Os golpistas querem tirar o pré-sal da Petrobras. Estudos sérios mostram que podemos chegar a 200 bilhões de barris de petróleo. Em valores de hoje, teríamos 10 trilhões de dólares, o que colocaria o Brasil como terceiro maior produtor do mundo”, afirma.

Pensando neste montante expressivo, de acordo com Bohn Gass, os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff desenvolveram um “projeto modelo para poder gerar empregos, ter tecnologia nacional desenvolvida, ajudar a indústria nacional e ter os recursos direcionados para programas sociais. É o modelo da partilha”. Justamente este modelo é alvo do PLS de Serra.

“Serra, que já no tempo dos governos tucanos queria entregar a Petrobras para a Chevron, aprovou seu projeto no Senado. Na Câmara, o Eduardo Cunha (PMDB-RJ) fez uma comissão para acelerar este projeto. Nele, a Petrobras deixa de ser operadora do pré-sal”, diz o parlamentar. A pauta ainda deve ganhar urgência, já que o governo interino de Michel Temer (PMDB) retirou o regime de pautas anteriores. “Pasmem, Temer retirou a urgência de projetos que Dilma tinha mandado para melhorar o sistema de combate à corrupção. Ele deu espaço para o projeto do Serra.”

Bohn Gass, então, resume em seu vídeo quem ganha e quem perde com o PLS: ganham as multinacionais. Perde o Brasil. “Quem sai melhor é a Chevron, a Esso, a Shell, as grandes petrolíferas do mundo. Para elas que estão trabalhando. Quem perde: o emprego brasileiro, que vai para a mão deles; a tecnologia brasileira, porque quem detém a técnica de exploração do pré-sal é a Petrobras. Estaremos transferindo essa tecnologia para a mão dessas empresas; o conteúdo nacional. Tramita no Congresso um projeto que tira, desde a marmita até a grande plataforma, das empresas brasileiras, prejudicando nossa indústria”, diz.

“A tecnologia está com a Petrobras, logo, ela tem custos menores na exploração e produção. Então, custos maiores nas mãos dessas empresas significam menos educação e menos saúde para o povo. Esse projeto não pode vingar. Não pode ser plano de governo, deve ser de Estado. Tem que ter uma legislação que garanta a soberania nacional e não seja destruída por um governo ilegítimo que não foi eleito”, afirma o deputado.

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