'generalizações'

Psol vai cobrar retratação de ministro da Transparência

“Somos um partido programático, ideológico, que não tem cargos no governo, não negocia votações, e não aceita essa pecha”, diz nota emitida após Torquato Jardim dizer que partidos políticos são balcões de negócios

ivanvalente.com.br

Ivan Valente, líder do Psol: ‘partido programático que não negocia votações’

São Paulo – O Psol divulgou nota na tarde de hoje (4) afirmando que vai interpelar oficialmente o ministro da Transparência, Controle e Fiscalização do governo interino de Michel Temer, Torquato Jardim, na segunda-feira (6) por ele ter afirmado que os partidos políticos são balcões de negócios. De acordo com o texto, o partido não aceita generalizações e exige retratação imediata para que seja excluído da afirmações feitas por Jardim ao jornal O Diário do Povo do Piauí, reproduzidas neste sábado em veículos nacionais (entre eles a Folha de S. Paulo, o EstadãoO Globo).

Para o líder do partido, deputado federal Ivan Valente, é injusto que seu partido, “que tem destacada atuação crítica e não tem cargos no governo, seja incluído neste rol desonroso”: “Nós somos um partido programático, ideológico, que não tem cargos no governo, não negocia votações, e não aceita essa pecha”, afirmou.

O deputado federal Chico Alencar, vice-líder do Psol na Câmara, também crítica a fala do ministro: “O dr. Jardim, que tem inegável conhecimento das deficiências do nosso sistema político, não pode generalizar”.

Leia a íntegra da nota

O PSOL vai interpelar oficialmente o ministro da Transparência, Controle e Fiscalização do governo interino de Michel Temer, Torquato Jardim, na próxima segunda-feira (06.06). O partido não aceita generalizações e exige retratação imediata para que seja excluído da afirmações feitas por Jardim ao jornal O Diário do Povo do Piauí, reproduzidas hoje em veículos nacionais (entre eles a Folha de S. Paulo, o Estadão e O Globo). Em sua declaração, ele afirmou, sem fazer a devida exceção, que “os partidos políticos são balcões de negócios”.

O líder do PSOL na Câmara, Ivan Valente, considera inaceitável que seu partido, que tem destacada atuação crítica e não tem cargos no governo, seja incluído neste rol desonroso. “Queremos retratação imediata. A interpelação é para que o ministro nomeado por Temer esclareça por que incluiu o PSOL na vala comum das generalizações dos partidos políticos. Nós somos um partido programático, ideológico, que não tem cargos no governo, não negocia votações, e não aceita essa pecha”, afirmou.

Valente destaca que o cerne da crítica feita por Jardim é pertinente. De acordo com matéria publicada no Estadão, o ministro de Temer afirmou que “o centrão é formado por 225 políticos de 13 partidos e foi montado em nome da corrupção e da safadeza”. Para o líder do PSOL, essa observação, no entanto, revela uma contradição. “A nós causa estranheza que um sujeito como ele, que apresenta essa visão, tenha aceito fazer parte desse governo interino”, declarou.

O deputado Chico Alencar, vice-líder do PSOL na Câmara, reiterou que o PSOL não aceita ser confundido com partidos fisiológicos que vivem às custas do poder. “O dr. Jardim, que tem inegável conhecimento das deficiências do nosso sistema político não pode generalizar. Além da interpelação oficial exigindo retratação, enviaremos a ele materiais programáticos do partido e sobre a atuação de nosso parlamentares, que abertamente repudiam esse toma-lá-dá-cá que ele denuncia”, destacou.

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