No Plenário

Líder do PMDB reconhece divisão do partido e do PP fala de ‘qualidades’ de Dilma

'O partido reconhece o meu posicionamento e o posicionamento dos que não acompanharão o entendimento da bancada', afirmou líder do PMDB

Antonio Augusto/ Câmara dos Deputados

O deputado Paulo Teixeira, do PT (à dir.), discute com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha

São Paulo – O três primeiros líderes partidários a encaminhar a votação de suas bancadas foram o líder do PT na Casa, Afonso Florence (BA), o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), e do PP, Aguinaldo Ribeiro (PB), donos das três maiores bancadas. Florence lembrou que, segundo os “jornais do mundo”, “corruptos querem derrubar uma presidente honesta”. Essa foi a posição estampada em capa do jornal The New York Times durante a semana.  O PMDB tem 67 deputados, o PT 60 e o PP, 45.

Bastante aguardado, Picciani lembrou que o partido deliberou pelo voto “sim”, mas deixou claro que a legenda está dividida: “não nos cabe nenhuma posição senão a defesa dos princípios republicanos e da democracia”, afirmou. Segundo ele, “a bancada do PMDB votou favorável ao impedimento, pelas circunstâncias que o país vive”.

Mas ressalvou: “Nossa bancada vai encaminhar o voto ‘sim’. O partido reconhece o meu posicionamento e o posicionamento dos que não acompanharão o entendimento da bancada”, disse. O voto do líder do PMDB, que analistas preveem que será contra o impeachment, é um dos mais aguardados do Plenário.

Aguinaldo Ribeiro, líder do PP, partido que se retirou da base do governo após anteriormente ter negociado cargos para se manter contra o governo, fez um discurso ambíguo. “É meu dever encaminhar a decisão do partido que deliberou a favor (do impeachment). Antes de encaminhar, obriga-me a consciência a dizer que, em 2012, meu partido foi honrado a ir para o governo”, reconheceu.

“Tenho o dever de procurar ser justo. Ao exercer o cargo de ministro (das Cidades), é meu dever falar a falar das qualidades da presidente Dilma, uma pessoa determinada. O crime de responsabilidade é controverso e é apenas parte do problema”, disse o pepista.

Tanto o líder do PP quanto o  do PSDB, Antonio Imbassahy (BA), o quarto a falar, se esquivaram de apontar crimes de responsabilidade. O PSDB tem 52 deputados na Câmara.

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