Parlamentares vão ao aeroporto de Congonhas, em SP, prestar apoio a Lula
Movimentos sociais já se reúnem para organizar manifestação contra o golpe
Publicado 04/03/2016 - 11h10
São Paulo – Parlamentares decidiram seguir ao Aeroporto de Congonhas, para onde Lula foi levado para depor coercitivamente, no âmbito da 24ª fase da operação Lava Jato, para prestar apoio ao ex-presidente. “Temos que reagir. Nós não vamos aceitar o que essa operação da Polícia Federal está fazendo contra o ex-presidente Lula e o PT”, afirmou hoje (4) o deputado federal Nilto Tatto (PT-SP), em entrevista à repórter Marilu Cabañas da Rádio Brasil Atual.
O deputado federal Vicente Cândido (PT-SP) se diz “espantado” com a ação da Polícia Federal, que, para ele, ataca a democracia. “Estamos assustados com o que estão fazendo com o Estado de direito, com a democracia, e cabe ao povo ir às ruas protestar contra esses atos abusivos dos membros da justiça brasileira.”
Para o deputado federal José Mentor (PT-SP), a condução coercitiva feita pela PF é “desnecessária”, e busca atingir a moral do ex-presidente. “O Lula já havia comparecido em diversas vezes para prestar esclarecimentos. Então, é uma ação midiática e politizada, com o intuito de atingir o ex-presidente para que ele não retorne à presidência em 2018.”
O coordenador da Central de Movimentos Populares, Raimundo Bonfim, afirma que diversas reuniões estão sendo realizadas para organizar uma manifestação. “Queremos dar uma organizada até o final de tarde para residir na rua. Nós não vamos aceitar o golpe imposto ao povo brasileiro.”
Segundo Bonfim, a Frente Brasil Popular se reunirá às 15h para organizar a resistência.