Brasília – Mal foi divulgada a mensagem de texto encaminhada esta manhã (30) pela ministra da Agricultura, Kátia Abreu, e flagrada por repórteres fotográficos, do seu celular, dando conta que os seis ministros do PMDB continuarão nos cargos, a notícia já causa ampla repercussão no plenário da Câmara dos Deputados. Caso a informação, que segundo a mensagem da ministra teria sido acertada durante reunião ontem à noite na casa do presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), se confirme, os integrantes da base aliada analisam que vai enfraquecer a debandada formalizada ontem pelo PMDB do governo e também as estratégias montadas pelo vice-presidente Michel Temer.

“Nós esperávamos mais do PMDB. Houve uma ruptura, claro, mas houve muito mais bravata do que saída de fato dos peemedebistas do governo”, afirmou esta manhã o líder de um dos partidos da base aliada.“O PMDB foi e continua dividido. Essa história de tomar uma decisão por aclamação mostrou a preocupação existente em evitar discursos e discussões que mostrassem as divergências internas do partido”, disse também o deputado Sílvio Costa (PTdoB-PE).

Procurados para falar a respeito, caciques peemedebistas como Romero Jucá (PMDB-RR) e o líder do partido na Câmara, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), disseram desconhecer a informação, mas não descartaram a possibilidade. Jucá, desde ontem, tem afirmado que considera a prerrogativa parte da vida democrática de um país como o Brasil, e se justificou dizendo que “o PMDB é o partido mais fragmentado que temos”. Por outro lado, reiterou a afirmação já feita ontem de que “quem resolver ficar no governo e for integrante do partido, estará atuando por sua própria conta daqui por diante”.

A informação repassada por mensagem pela ministra da Agricultura é de que os seis ministros que integram o PMDB acertaram que ficarão no governo e o vice-presidente Michel Temer já está sabendo da decisão tomada por eles. Ocupam esses ministérios, além de Kátia, Celso Pansera (Ciência e Tecnologia), Marcelo Castro (Saúde), Hélder Barbalho (Portos), Mauro Lopes (Aviação Civil) e Eduardo Braga (Minas e Energia).

Desses, estiveram presentes à solenidade de hoje no Palácio do Planalto, Kátia, Castro e Pansera.