entrevista coletiva

Bancada do Psol apresenta propostas para ‘enfrentamento da crise’

Psol defende o fim do financiamento empresarial de eleições para diminuir a interferência do poder econômico, e também um aumento radical na participação popular sobre as instituições públicas

Gabriela Korossy/câmara dos deputados

Chico Alencar disse que o governo erra ao não taxar as grandes fortunas

A bancada do Psol no Congresso Nacional apresentou, durante coletiva de imprensa nesta terça-feira (10), a Carta de Brasília. A executiva nacional do partido definiu resoluções necessárias para enfrentar as crises econômica, política, social e ambiental diante das medidas que vêm sendo adotadas pelo governo Dilma Rousseff.

Lava-Jato, da Polícia Federal, com a proibição das empresas envolvidas de participarem de qualquer licitação pública; a aprovação do imposto sobre grandes fortunas; o fim da política de superávit primário e a convocação de auditoria da dívida pública.

O líder do Psol na Câmara dos Deputados, Chico Alencar (RJ), afirmou que o atual governo erra ao taxar o trabalhador e não as grandes fortunas. “Não adianta inaugurar medidas de ajuste fiscal sobretaxando os trabalhadores, a renda dos salários, os programas sociais e esquecendo completamente a reforma tributária a começar pela taxação das grandes heranças. Assim não capitaliza o Estado para que ele tome o seu papel de indutor do desenvolvimento.”

Reforma política

Na reforma política, o Psol defende o fim do financiamento empresarial de eleições para diminuir a interferência do poder econômico, e também um aumento radical na participação popular sobre as instituições públicas, inclusive a Petrobras.

O partido também é contra o aumento das tarifas de transporte público e prega o passe livre para todos, além da redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salários e o fim das terceirizações.

Combate à corrupção

Chico Alencar disse ainda que o Psol vai pedir a instalação da Frente Parlamentar Mista de Combate à Corrupção. A frente existe desde 2011, mas ao fim da última legislatura ela foi extinta. O papel da frente, segundo o deputado, é trabalhar para que propostas de combate à corrupção sejam votadas pelo Plenário.