Acidente em Santos

Localizada caixa-preta do avião de Campos; bombeiros devem virar noite no local

Apuração sobre causas do acidente pode ter início; identificação de corpos terá de ocorrer por arcadas dentárias e DNA

Andris Bovo/ ABCD Maior

Militares investigam área de acidente em Santos, no litoral paulista, onde caiu aeronave de Eduardo Campos

São Paulo – A Aeronáutica anunciou há pouco que já localizou a caixa-preta do avião que caiu hoje pela manhã em Santos, no litoral paulista, com o presidenciável Eduardo Campos (PSB) e equipe a bordo. O mecanismo, que grava todas as comunicações a partir do avião, é essencial para identificar o motivo do acidente; os militares descartam, porém, boatos de que a aeronave teria se chocado com um helicóptero. O capitão do Corpo de Bombeiros de São Paulo Marcos Palumbo disse que a equipe deve permanecer por alguns dias no local. De acordo com ele, foram detectados destroços da aeronave, que caiu sobre oito residências, em 13 locais diferentes, o que dificulta a localização e retirada dos corpos das vítimas.

O Cessna 560XL, de prefixo PR-AFA, decolou do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao Guarujá. Nenhuma das sete pessoas que estava a bordo sobreviveu, segundo o capitão. “A previsão é de muito trabalho para buscar os corpos das vítimas e a caixa-preta. Será um trabalho exaustivo. Possivelmente, devemos passar alguns dias aqui”, disse à Agência Brasil.

O capitão disse, ainda, que os bombeiros vão trabalhar dia e noite. No total, 45 homens estão no local. O avião atingiu casas, uma academia e lojas comerciais. “É um local que está muito prejudicado tendo em vista a grande amplitude do impacto da aeronave.”

O técnico em instrumentação Sérgio Shiroma, que mora em um prédio atingido pelos destroços da aeronave, relatou o momento do acidente. A avó dele e uma minha tia estavam em uma das casas mais afetadas pelo acidente. “Foi só uma escoriação e o susto. Na hora, ouviram o barulho e a pancada, porque os escombros bateram nas costas da minha tia. Depois, elas não lembram de mais nada por causa do choque”, contou, acrescentando que o avião caiu no fundo da casa da avó, que tem Alzheimer, e destruiu o telhado.

No momento do acidente, o técnico estava no prédio onde mora com a namorada. “Foi um barulho muito forte. Nunca vi nada igual. Foi um tremor. Achei que o prédio ao lado estava caindo. Estava com minha namorada e saímos correndo. Eram muitos destroços, muito vidro e até cortamos o pé”, ressaltou Shiroma, que voltou ao apartamento para buscar itens básicos e vai ficar na casa de parentes. O prédio está interditado por tempo indeterminado.

Outro morador, Wilson Santos, que mora a 80 metros do local do acidente, explicou o que viu: “Foi um barulho muito grande na hora da explosão. Saí na janela e tinha muita gente correndo, muita fumaça. Fui tentar ajudar as pessoas de alguma forma na academia. Tinha gente machucada, mas com ferimentos leves”.

Com informações da Agência Brasil e do jornal ABCD Maior


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