‘Haddad construiu sua legitimidade dentro do PT’, diz Berzoini

“Haddad trabalhou e articulou muito”, diz Berzoini (Foto: Leonardo Prado/Agência Câmara) São Paulo – Para o deputado federal Ricardo Berzoini, o prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad, simboliza a […]

“Haddad trabalhou e articulou muito”, diz Berzoini (Foto: Leonardo Prado/Agência Câmara)

São Paulo – Para o deputado federal Ricardo Berzoini, o prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad, simboliza a capacidade da renovação dos quadros do PT. Sobre a influência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, segundo alguns críticos, impôs o nome de Haddad, o parlamentar relativiza avaliações. 

“Eleição é um mosaico de fatores. O Lula conseguiu de certa forma evitar uma disputa interna muito dura [pela indicação do candidato à prefeitura]. Mas conseguiu porque Haddad trabalhou e articulou muito. Desde o primeiro momento ele não aceitou, simplesmente, a tutela de Lula”, revela Berzoini. 

“Ele aceitou o apoio, mas foi à luta e construiu dentro da militância do PT uma legitimidade para ser o candidato. E nós conseguimos dentro do PT construir um ambiente de unidade, apesar de alguns problemas”, avalia. Em um primeiro momento, a senadora Marta Suplicy não escondeu a mágoa por haver sido preterida pelo ex-presidente, determinado em lançar Haddad. Depois, já com a campanha em curso, e convertida em ministra da Cultura, a ex-prefeita passou a se envolver mais na disputa contra José Serra (PSDB). 

Sobre as afirmações, agora desmentidas pelas urnas, de que Haddad era um “poste”, na visão de Berzoini, embora ele fosse inexperiente eleitoralmente, teve o mérito de “uma experiência exitosa no ministério”. “E simultaneamente ele foi à luta com garra, rapidamente aprendeu os códigos de uma campanha eleitoral e chegou ao final da campanha com elogio geral do PT em relação à postura nos debates, nos comícios, nas caminhadas, em conversas com segmentos dos movimentos sociais”, analisa o parlamentar. 

Para o deputado, tanto Haddad como a presidenta Dilma Rousseff ou o candidato à prefeitura de Campinas, Marcio Pochmann, e o de Santo André, Carlos Grana, entre outros, mostram que o PT não depende ou do ex-presidente Lula ou de meia dúzia de lideranças que se formaram nos anos 80 e 90. “A cada eleição o PT projeta uma série de novos quadros para a politica nacional.”

Leia também

Últimas notícias