CPMI retoma trabalhos e ouve mais um tucano ligado a Cachoeira

Deputado Carlos Alberto Lereia (PSDB-GO) teria recebido dinheiro do esquema criminoso do bicheiro

Leréia (à direita), com Marconi Perilo e Demóstenes Torres na campanha de 2010 (Foto: Divulgação)

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira marcou para hoje à tarde o depoimento do deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), que falará sobre denúncias de suposto envolvimento com o esquema do contraventor Carlos Cachoeira, o Carlinhos Cachoeira. Será a segunda vez que a CPMI tenta ouvir as explicações do parlamentar, que admite ser amigo de Cachoeira, mas nega envolvimento com atividades ilegais. A reunião será realiza às 15 horas na sala 2 da ala Nilo Coelho, do Senado.

De acordo com investigações da Polícia Federal, o parlamentar teria recebido dinheiro da organização de Cachoeira. Além disso, teria alertado o contraventor sobre uma operação policial e usado o cartão dele para fazer compras.

Segundo a PF, Leréia e Cachoeira conversaram por telefone pelo menos 72 vezes entre março e juho do ano passado. O nome do deputado é citado em outros 26 telefonemas entre o contraventor e supostos membros da organização criminosa.

Prorrogação da CPMI

Para amanhã (10) está prevista uma reunião administrativa que decidirá os próximos passos da CPMI. A principal decisão a ser tomada é sobre o fim ou não da comissão. O prazo para a conclusão dos trabalhos terminará em 4 de novembro. A reunião será realizada às 10h15 na sala 2 da ala Nilo Coelho, do Senado.

Para a comissão ter mais tempo para investigar, é preciso o apoio de um em cada três parlamentares do Congresso Nacional. São necessárias as assinaturas de 171 deputados e de 81 senadores, assim como foi feito para criar a CPMI.

Mais de 500 requerimentos ainda aguardam votação na CPMI. Entre eles, estão os de convocação de novos depoentes e os de quebra de sigilo de empresas laranjas.

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