Serra nega que haja irregularidade em panfletos apreendidos pela PF
Serra vê caso como factóide e nega elo com a campanha (Foto: Cacalos Garrastazu/ObritoNews/Divulgação) São Paulo – O candidato à Presidência da República José Serra (PSDB) afirmou que não vê […]
Publicado 18/10/2010 - 18h47
Serra vê caso como factóide e nega elo com a campanha (Foto: Cacalos Garrastazu/ObritoNews/Divulgação)
São Paulo – O candidato à Presidência da República José Serra (PSDB) afirmou que não vê irregularidades na impressão de folhetos difamatórios contra Dilma Rousseff (PT). No domingo, a Polícia Federal apreendeu 1 milhão de exemplares de panfletos em uma gráfica na capital paulista.
O PT anunciou acusa os proprietários da gráfica de terem elos com o PSDB. Nesta segunda-feira (18), a legenda governista declarou que incluiu, no pedido de abertura de inquérito apresentado no fim de semana ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), documentos nesse que apontam que uma das sócias da Gráfica Pana é irmã de um dos coordenadores de campanha tucanos.
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Para Serra, o parentesco é “completamente irrelevante”. “A defesa (do panfleto) é por conta da diocese e a diocese tem pleno direito de manifestar-se”, afirmou. Ele sustenta que a Dioscese de Guarulhos fez a encomenda e que a Igreja Católica tem direito de se manifestar. “Isso não tem nada a ver com campanha. Há mobilização de muitas igrejas, inclusive apoiando a candidata Dilma”, opinou.
O PT acusa a estrutura de campanha de Serra de estar envolvida em alguma medida, visto que o pedido inicial seria de 20 milhões de exemplares, o que demandaria estrutura de distribuição. Serra negou o elo.
“Não é dinheiro de campanha, não tem nada demais. É procurar pêlo em casca de ovo”, esquivou-se. Ele acusa o PT de tentar nivelar a política ao acusar a campanha de Serra. Na semana passada, a candidata governista trouxe à tona a atuação de Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, na campanha do tucano. Souza teria desviado R$ 4 milhões em doações eleitorais. Para o tucano, a reação do PT busca apenas “criar um factoide”.
Serra afirmou ainda não se recordar sobre a contratação, em cargo de confiança, de Paulo Ogawa para o Ministério da Saúde. Ogawa é pai de Alexandre, sócio de Arlety Kobayashi na gráfica.