Para Dilma, candidaturas não existiam na data da violação

Dilma em entrevista coletiva defendeu que mecanismos de controle precisam ser aprimorados (Foto: Rodolfo Stuckert Filho/Divulgação) São Paulo – Os dois candidatos mais bem posicionados nas pesquisas de intenção de […]

Dilma em entrevista coletiva defendeu que mecanismos de controle precisam ser aprimorados (Foto: Rodolfo Stuckert Filho/Divulgação)

São Paulo – Os dois candidatos mais bem posicionados nas pesquisas de intenção de votos voltaram a se pronunciar neste domingo (5) sobre o caso da quebra de sigilo fiscal de pessoas ligadas ao PSDB. O concorrente da oposição, José Serra (PSDB) afirmou que a quebra de sigilo está no ‘DNA do PT’. Dilma Rousseff (PT) defendeu que, na data de acesso às informações sigilosas, as candidaturas não estavam definidas, descartando qualquer vínculo entre o caso e sua campanha.

“Ou passa a olhar direitinho as datas ou vai ser fazer uma confusão”, propôs a concorrente governista ao Palácio do Planalto, em entrevista em Brasília. “Em abril de 2009, não existia eleição, nem para mim, nem para o meu adversário (José Serra), nem para a outra concorrente, a Marina. Nenhum de nós era candidato. Era algo bastante longínquo”, insistiu. “Eu não era candidata, não era pré-candidata, não tinha pré-candidatura nem candidatura”, disse.

Dilma, porém, reiterou a necessidade de investigação do caso e fez propostas para aprimorar o controle da Receita Federal e assegurar a confidencialidade dos dados de declarações de Imposto de Renda “Minha proposta é melhorar o banco de dados sempre e montar um sistema de supervisão bastante rígido. Não são as pessoas que tem que ser virtuosas a instituição tem que ser virtuosa e para isso tem que aprimorar os sistemas de controle”, afirmou Dilma.

Neste domingo, o jornal O Estado de S.Paulo divulgou reportagem que atribui a um funcionário da Receita Federal filiado ao PT em Minas Gerais dez acessos à declaração de bens de Eduardo Jorge. O vice-presidente do PSDB teve seus dados violados antes, junto de outras 140 pessoas, a maioria sem vínculos com o universo político.

A oposição também associa os casos à ação do contador Antonio Carlos Atella Ferreira, que obteve declarações da filha de Serra, Verônica, por meio de uma procuração falsa. Para eles, os episódios foram usados por membros do PT para prejudicar a candidatura tucana.

Em visita ao Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo (SP), Serra afirmou que “isso (a violação de dados sigilosos) é DNA do PT”. Ele declarou ainda esperar que sua principal concorrente fale a respeito do caso. No sábado, em comício em Guarulhos, Luiz Inácio Lula da Silva criticou a oposição. Dilma não esteve no evento, que promovia a candidatura de Aloízio Mercadante (PT) ao governo paulista.

Ataques

Dilma também comentou sobre o uso pelo programa de TV de Serra de imagens de um comício em Alagoas no qual o ex-presidente Fernado Collor de Mello manifesta apoio à candidata. “Eu entendo democraticamente essa situação e sei que ela vai ser explorada pelo meu adversário”, afirmou a jornalistas em seu estúdio de gravação.

“É público e notório que eu tenho uma trajetória de vida um pouco diferente da trajetória do presidente Collor”, ironizou a candidata, lembrando que em Alagoas, o palanque governista é dividido entre Collor e Ronaldo Lessa (PDT).

Com informações da Agência Brasil e Reuters

 

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