Primeiro-ministro da Espanha afirma que liderança de Lula ‘assombra o mundo’

Em artigo para o El País, José Luiz Zapatero define o brasileiro como um homem completo e tenaz que conduziu o Brasil à condição de país com futuro brilhante

Para Zapatero, Lula venceu adversidades de toda ordem e passou da defesa dos interesses de sindicalistas à defesa do continente sul-americano (Foto: Ricardo Stuckert. Presidência)

Um homem completo e tenaz. Essa é a definição do presidente Lula nas palavras do primeiro-ministro da Espanha, José Luiz Zapatero. O artigo escrito pelo chefe de governo é o primeiro de uma série publicada pelo jornal El País sobre as cem personalidades iberoamericanas que marcaram 2009.

Em boa parte do texto, Zapatero conta aquilo que os brasileiros já sabem, alguns em profundidade, outros, nem tanto: Lula teve infância pobre, família de retirantes nordestinos, a chegada ao ABC Paulista, o emprego nas montadoras.

O primeiro-ministro aponta que é pelas mãos desse homem que o Brasil “deixou de ser o país do futuro que nunca chegava para converter-se em uma formidável realidade, com um brilhante porvir e uma projeção global e regional cada vez mais relevante”. Zapatero considera que, agora, o Brasil se deu conta de que é muito mais que carnaval, futebol e praias.

O artigo pontua que Lula teve o mérito de unir a sociedade brasileira em torno de uma reforma tão ambiciosa como tranquila, dando esperança aos pobres que tanto haviam sido afrontados e ganhando o reconhecimento e a confiança do mercado financeiro internacional. 

“Nesse empenho segue este homem honesto, íntegro, voluntarioso e admirável, convertido em uma referência indispensável para a esquerda do continente americano ao sul do Rio Grande. Tem uma visão do socialismo democrático que põe o tema da inclusão social e da justiça ambiental para fazer possível uma sociedade mais justa, decente, fraterna e solidária”, destaca, e aponta que o Brasil ocupará em breve um lugar no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Por fim, Zapatero lembra que estava ao lado de Lula quando o brasileiro chorou feito criança ao ver o Brasil escolhido como sede da Olimpíada de 2016, e mesmo assim não esqueceu de consolar os espanhóis, preteridos na disputa.

“A mim não causa nenhuma estranheza que este homem assombre o mundo”, conclui o primeiro-ministro da Espanha.

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