Professora cubana é proibida de entrar nos EUA para congresso social
Ao contrário de Yoani Sánchez, que viaja o mundo para criticar o regime da ilha, Elaine Díaz Rodríguez, também blogueira, foi impedida de participar como bolsista de um dos maiores eventos de Ciências Sociais do mundo
Publicado 04/04/2013 - 13h22
Elaine Díaz Rodrigues, professora e jornalista cubana, teve visto de entrada negado pelos EUA, onde participaria de um congresso de ciências sociais (©arquivo pessoal)
São Paulo – A blogueira, jornalista e professora da Universidade de Havana Elaine Díaz Rodrígues foi impedida de viajar aos Estados Unidos, onde participaria do 31º Congresso Internacional de Estudos Latino-Americanos, um dos maiores eventos de Ciências Sociais do mundo. O visto de entrada naquela país foi negado na quarta-feira (3) e marca mais um episódio nas controversas relações entre Estados Unidos e Cuba.
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Elaine teve seu trabalho – “Deliberar em rede: consenso e dissenso na blogosfera cubana” – aprovado pela Associação de Estudos Latino-Americanos, organizadora do evento, que também deu a ela uma bolsa para a viagem. Mesmo assim, o governo norte-americano não lhe concedeu o visto.
Agora, a jornalista e professora levanta a pergunta sobre quem trabalha para cercear a liberdade. “Não tive nenhum problema com Cuba para sair, nunca”, disse ela ao jornalista Alexandre Haubrich, do blogue JornalismoB. E completou: “É humilhante que neguem vistos a acadêmicos enquanto recebem de braços abertos a Yoani (Sanchez)”.
Em seu Twitter, Elaine, que já esteve no Brasil para participar de outros congressos de ciências sociais, agradeceu aos governos do Brasil e do Quênia por a terem recebido em 2012, e disse torcer “para que o Congresso mais importante de Ciências Sociais do mundo saia novamente do território estadunidense, só assim se garantirá a presença de todos os cubanos e cubanas aceitos pela Lasa (sigla da organizadora)”.
A blogueira também afirma, em seu perfil no Facebook, que todos os cubanos que deixaram o país a trabalho, “retornaram à ilha, até prova em contrário, e não vice-versa”.
Com reportagens do JornalismoB e Pragmatismo Político