Japão decreta zona de exclusão aérea na região da Central Nuclear de Fukushima

O premiê japonês, Naoto Kan, no centro da crise nuclear do país (Foto: Kyodo/Reuters) Brasília – As autoridades japonesas decretaram nesta terça-feira (15) zona de exclusão aérea toda a área […]

O premiê japonês, Naoto Kan, no centro da crise nuclear do país (Foto: Kyodo/Reuters)

Brasília – As autoridades japonesas decretaram nesta terça-feira (15) zona de exclusão aérea toda a área onde está localizada a Central Nuclear de Fukushima. Nesta central houve três explosões dos reatores nucleares elevando os níveis de radiação na região. De acordo com a Agência Kyodo, a radiação está em nível 33 vezes superior ao permitido em Utsunomiya, capital da província de Tochigi, zona norte de Tóquio. As informações são da agência portuguesa Lusa.

A usina sofreu nova explosão na noite da segunda-feira (14, horário do Japão). O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, ordenou que todos os moradores de regiões próximas à usina desocupem o local. A ordem de Kan vale para os que se encontram em um raio de 20 quilômetros em volta da Usina Nuclear 1.

O porta-voz do governo do Japão, Yukio Edano, ressaltou que o nível da radiação chegou a ser 100 vezes superior ao limite no reator 4, enquanto no reator 3 os níveis eram 400 vezes superiores. Segundo ele, se forem mantidos os níveis de radiação, eles podem ser prejudiciais à saúde humana. Apenas 50, dos 800 funcionários da Central de Fukushima, permanecem no complexo.

A Tokyo Electric Power (Tepco), que gere a central, não exclui fusões dos núcleos dos reatores 1, 2 e 3, mas garante que o reator 4 não estava em funcionamento por ocasião do incêndio que afetou o edifício durante a manhã (hora local).

Em comunicado à população, o primeiro-ministro, Naoto Kan, apelou para que todos tentem manter a calma, mesmo em meio aos incidentes em Fukushima. As explosões provocam um alarme global devido ao temor de uma catástrofe nuclear.