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Governo Lula diz na ONU que Bolsonaro promovia um processo de genocídio

Delegação afirmou na Comitê de Direitos Humanos da ONU que o ex-presidente negligenciou a pandemia de covid-19 e outras questões. E que a situação é pior em relação aos povos indígenas

Rio da Paz/Divulgação
Rio da Paz/Divulgação
Bolsonaro foi alvo de diversas manifestações contra sua política e em respeito aos mais de 700 mil mortos

São Paulo – Representação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (27) que um processo de genocídio contra povos indígenas estava em curso sob a gestão de Jair Bolsonaro (PL). O país está sob sabatina do Comitê de Direitos Humanos da ONU nesta semana. Peritos estrangeiros cobram respostas do governo para o que chamam de “questões estruturais e sistêmicas” em diversas áreas. Em especial sobre a situação da pandemia de covid-19 e a crise humanitária envolvendo os povos indígenas. A informação é do colunista do Uol Jamil Chade.

A presidente do Comitê, Tania Maria Abdo Rocholl, considerou que as mortes pela covid-19 no país atingiram números “muito elevados”. Ainda nesta segunda-feira (26), ela pediu explicações sobre a existência de alguma campanha para conscientizar a população sobre os riscos da pandemia. E quais medidas foram tomadas para proteger grupos mais vulneráveis, como indígenas e negros.

Tania se disse preocupada com o fato de o país ter sido alvo de medidas inadequadas por parte da cúpula do governo. E que no caso da covid, “o mais alto nível” político tenha tratado a doença como uma “gripezinha” e pressionado pela volta ao trabalho.

Bolsonaro desprezou recomendações para preservar a vida

Em resposta na manhã desta terça, a delegação brasileira afirmou que a negligência e o negacionismo no tratamento da pandemia. E que enquanto a vacinação e distribuição de máscaras eram lentas e insuficientes,o governo Bolsonaro se dedicava a enviar para as comunidades kits de tratamento precoce, sem efeitos comprovados. Em resumo, Bolsonaro não seguiu as recomendações internacionais para preservar a vida.

O Comitê a ONU foi informado de que a situação foi pior em relação aos povos indígenas, que tiveram atendimento negado em terras não demarcadas. O governo brasileiro também informou aos peritos que, no caso do povo Yanomami, com Bolsonaro “estava em curso um processo de genocídio”. E que “omissões” permitiram que as terras indígenas fossem invadidas por 30 mil garimpeiros e criminosos. Por isso, a meta é salvar o povo Yanomami e expulsar os invasores.

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Redação: Cida de Oliveira


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