Garcia associa reintegração de Honduras a OEA ao retorno de Zelaya ao país

O ex-presidente de Honduras, Manuel Zelaya (Foto: José Cruz/Agência Brasil) Brasília – O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, disse hoje (30) que a […]

O ex-presidente de Honduras, Manuel Zelaya (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Brasília – O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, disse hoje (30) que a reintegração de Honduras à Organização dos Estados Americanos (OEA) depende da anistia ao ex-presidente Manuel Zelaya. Garcia afirmou ainda que há um temor na comunidade internacional que ocorra um novo golpe de Estado em Honduras, desta vez contra o atual presidente hondurenho, Porfirio “Pepe” Lobo.

“Não está longe [de Honduras conseguir a reintegração na OEA] isso depende que o presidente Zelaya possa voltar ao país com segurança. Ele é o único excluído no jogo democrático de Honduras”, afirmou Garcia, depois de almoço oferecido ao presidente da Síria, Bashar Al-Assad, no Itamaraty.

Garcia reiterou ainda que na última reunião da OEA muitos países mantiveram a visão de que “não foram reunidas as condições” para a reintegração de Honduras à comunidade internacional. “Isso se deve ao fato de que todos foram anistiados em Honduras, inclusive, os golpistas, menos o presidente Zelaya. Isso nos parece uma condição imprescindível”, afirmou.

O assessor especial afirmou ainda que o atual presidente de Honduras denunciou a existência de um complô para promover um segundo golpe de Estado no país. “O presidente Lobo denunciou que há uma tentativa de conspiração contra ele, numa iminência de alguns setores de levar adiante um golpe contra ele”.

O Brasil, Chile, Peru, Paraguai, Equador, Suriname, a Argentina, Colômbia e a Venezuela não reconhecem o governo de Pepe Lobo. Para estes governos, Lobo deve assegurar uma série de garantias de que a ordem foi restabelecida em Honduras.

Há um ano, em 28 de junho de 2009, o ex-presidente de Honduras, Manuel Zelaya, foi retirado de casa por militares das Forças Armadas que anunciaram que ele não estava mais no comando do país. Foi uma ação orquestrada por militares, representantes do Congresso Nacional e da Suprema Corte do país.

Desde então, Zelaya fio para a Costa Rica, de onde retornou ao país e passou cerca de quatro meses na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa (capital hondurenha). Atualmente vive na República Dominicana, como asilado político.

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