Argentina

Candidato de Cristina Kirchner lidera prévias e estaria a 1,6 ponto de vencer no 1º turno

Eleições preliminares realizadas ontem (9) mostram governista Daniel Scioli com 38,4% – se alcançar 40% em outubro, vence em turno único, caso tenha dez pontos de vantagem

Raúl Ferrari/Télam

Faltando menos de 2% das urnas a apurar, Scioli consolida liderança com 8,5 milhões de votos (38,4%)

São Paulo – O pré-candidato Daniel Scioli, nome do kircherismo para as eleições presidenciais de outubro, na Argentina, foi o mais votado nas prévias realizadas ontem no país vizinho. Às 15h de hoje (10), com menos de 2% das urnas a apurar, Scioli consolidava a liderança, com 8,5 milhões de votos (38,4%) alcançados pela Frente para a Vitória (FpV). Em segundo lugar está Mauricio Macri, prefeito de Buenos Aires, apoiado pelas principais forças de oposição ao atual governo. A coligação Cambiemos obteve 5,4 milhões de votos para Macri e mais 1,3 milhão para os outros dois candidatos radicais, somando 30,1% do total. Considerados somente os votos de Scioli e Macri, a diferença seria de cerca de 14%.

O resultado indica de que se as eleições oficiais fossem hoje Scioli e Macris disputariam o segundo turno – para vencer em turno único, um candidato precisa abrir vantagem de 10 pontos percentuais sobre o segundo colocado. O placar mostra também que o eleitorado da chapa Unidos por uma Nova Argentina (UNA), liderado pelo ex-kichnerista Sergio Massa, terceiro colocada nas prévias com 20,5% da totalização, será o fiel da balança.

As eleições presidenciais argentinas estão marcadas para 25 de outubro – com segundo turno em 22 de novembro. Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa de 45% dos votos, ou 40% caso tenha pelo menos dez pontos percentuais de dianteira sobre o segundo colocado.

As Primárias Abertas Simultâneas Obrigatórias (Paso) são um espécie de triagem para conduzir às eleições propriamente as coligações e candidatos com mais de 1,5% dos votos nas prévias. Além de Scioli, Macris e Massa, passaram por esta primeira fase outros três nome: Margarita Stolbizer (Progressistas, com 3,5%), Nicolás Caño, da Frente de Esquerda e dos Trabalhadores (FIT, com 3,3%), e Adolfo Rodríguez Saá, da aliança Compromisso Federal (2,1%).

Foram eliminados da disputa outras cinco coligações, por não atingir 1,5% nas prévias: Víctor de Gennaro, da Frente Popular (0,5%), Manuela Castañeira, do Movimento ao Socialimso (MAS, com 0,4%), Alejandro Bodart, da Nova Esquerda (0,4%), Mauricio Yattah, do Partido Popular (0,3%), e Raúl Albarracín, pelo Movimento de Ação Vecinal (0,3%).

Com informações da agência Télam