Cristina Kirchner obtém mais de 50% dos votos em primárias na Argentina

São Paulo – A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, obteve 50,06% dos votos na primeira eleição primária aberta e obrigatória no país, com 96,7% das urnas contabilizadas. Cristina, da coalizão […]

São Paulo – A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, obteve 50,06% dos votos na primeira eleição primária aberta e obrigatória no país, com 96,7% das urnas contabilizadas. Cristina, da coalizão peronista Frente para a Vitória, recebeu 10.347.517 votos, o que a coloca como a candidata favorita para as eleições presidenciais que ocorrem neste ano em 23 de outubro.

“Com os 50% que Cristina ganhou nas eleições primárias, a tendência é de que vença no primeiro turno, especialmente porque a fragmentação da oposição é muito grande e seu cenário é complicado”, disse a analista Mariel Fornoni, da consultoria Management & Fit, à Agência Estado.

A manchete do jornal Clarín, de oposição ao governo, dizia: “Alta participação e expressivo apoio a Cristina”. O La Nación, também de oposição, destacou o resultado: “Cristina arrasou e ficou a um passo da reeleição”. Por sua vez, entre os jornais alinhados ao governo, o destaque do jornal Tiempo Argentino foi “A força dos votos” e o Página12 foi “Chuva de votos”.

O segundo lugar é disputado palmo a palmo pelos opositores Ricardo Alfonsín, deputado social-democrata da UCR (União Cívica Radical), que integra a aliança Udeso (União pelo Desenvolvimento Social), com 12,9%, e Eduardo Duhalde, o ex-presidente que é líder do peronismo dissidente, da coligação UP (União Popular), com 12,18%.

Em quarto lugar, com 10,29%, se encontra Hermes Binner (Partido Socialista), governador da província de Santa Fé. Os demais votos foram distribuídos entre Alberto Rodríguez Saá (peronista dissidente, da aliança Compromisso Federal), com 8,11%; Elisa Carrió (centro-esquerda Coalizão Cívica), com 3,24%; e Jorge Altamira, da Frente de Esquerda e dos Trabalhadores, com 2,47%.

As eleições primárias, realizadas a princípio para definir os candidatos de cada coalizão partidária, tiveram um efeito de definir os favoritos para a disputa à Presidência, uma vez que as legendas já haviam decidido, no primeiro semestre, candidatos únicos para o pleito.

O mecanismo foi criado em 2009 com o objetivo de forçar os partidos a apresentarem à população mais de um candidato aos cargos executivos e legislativos. Os eleitores também puderam escolher os candidatos para os governos das províncias e para os parlamentos.

Fonte: Opera Mundi