Acordo EUA – Colômbia não criará bases militares, diz Hillary
Colômbia já recebeu US$ 5 bilhões dos EUA, nos últimos nove anos, para combate ao narcotráfico. Novo acordo militar entre os dois países dará continuidade ao trabalho, afirma Hillary Clinton
Publicado 19/08/2009 - 11h00
Hillary Clinton, secretária de Estado dos Estados Unidos, posa com um jornal liberiano na Libéria (Foto: Reuters/Glenna Gordon)
Washington – O novo acordo militar entre Estados Unidos e Colômbia que provocou uma onda de críticas na América do sul visa combater o narcotráfico e o terrorismo e não criará bases norte-americanas no país andino, disse nesta terça-feira (18) a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton.
A proposta que permitirá aos EUA o uso de até sete bases militares colombianas agravou as tensões na região, ante a forte oposição do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e de seus aliados no Equador e na Bolívia.
Hillary, no entanto, buscou garantir aos críticos que Washington não tem interesses escusos no pacto com a Colômbia.
“O acordo não cria bases americanas na Colômbia”, disse a secretária de Estado durante entrevista coletiva ao lado do ministro das Relações Exteriores colombiano, Jaime Bermudez. “Os Estados Unidos não tem e não busca (instalar) bases dentro da Colômbia”.
De acordo com uma autoridade graduada do Departamento de Estado dos EUA, o plano reúne uma série de acordos de cooperação já existentes relacionados ao combate ao narcotráfico, defesa e segurança.
A Colômbia, maior exportador de cocaína do mundo, já recebeu mais de US$ 5 bilhões em ajuda dos EUA desde 2000, para combater traficantes de drogas e os guerrilheiros das Farc.
Sob o novo acordo, finalizado em 14 de agosto e prestes a ser assinado, não haverá aumento “significativo” na presença militar dos EUA na Colômbia, segundo Hillary.
Hoje há cerca de 800 militares e 600 civis norte-americanos na Colômbia como parte de acordos já existentes, envolvidos no treinamento e apoio de inteligência das Forças Armadas colombianas.
Bermudez defendeu o acordo bilateral entre EUA e Colômbia, ressaltando que ele respeita integralmente os princípios de integridade territorial e não intervenção.
Fonte: Reuters