Acordo EUA – Colômbia não criará bases militares, diz Hillary

Colômbia já recebeu US$ 5 bilhões dos EUA, nos últimos nove anos, para combate ao narcotráfico. Novo acordo militar entre os dois países dará continuidade ao trabalho, afirma Hillary Clinton

Hillary Clinton, secretária de Estado dos Estados Unidos, posa com um jornal liberiano na Libéria (Foto: Reuters/Glenna Gordon)

Washington – O novo acordo militar entre Estados Unidos e Colômbia que provocou uma onda de críticas na América do sul visa combater o narcotráfico e o terrorismo e não criará bases norte-americanas no país andino, disse nesta terça-feira (18) a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton.

A proposta que permitirá aos EUA o uso de até sete bases militares colombianas agravou as tensões na região, ante a forte oposição do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e de seus aliados no Equador e na Bolívia.

Hillary, no entanto, buscou garantir aos críticos que Washington não tem interesses escusos no pacto com a Colômbia.

“O acordo não cria bases americanas na Colômbia”, disse a secretária de Estado durante entrevista coletiva ao lado do ministro das Relações Exteriores colombiano, Jaime Bermudez. “Os Estados Unidos não tem e não busca (instalar) bases dentro da Colômbia”.

De acordo com uma autoridade graduada do Departamento de Estado dos EUA, o plano reúne uma série de acordos de cooperação já existentes relacionados ao combate ao narcotráfico, defesa e segurança.

A Colômbia, maior exportador de cocaína do mundo, já recebeu mais de US$ 5 bilhões em ajuda dos EUA desde 2000, para combater traficantes de drogas e os guerrilheiros das Farc.

Sob o novo acordo, finalizado em 14 de agosto e prestes a ser assinado, não haverá aumento “significativo” na presença militar dos EUA na Colômbia, segundo Hillary.

Hoje há cerca de 800 militares e 600 civis norte-americanos na Colômbia como parte de acordos já existentes, envolvidos no treinamento e apoio de inteligência das Forças Armadas colombianas.

Bermudez defendeu o acordo bilateral entre EUA e Colômbia, ressaltando que ele respeita integralmente os princípios de integridade territorial e não intervenção.

Fonte: Reuters