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Dilma e Juan Manuel Santos estudam aproximar Aliança do Pacífico e Mercosul

roberto stuckert filho/pr Presidente colombiano agradeceu a Dilma o acolhimento aos seus conterrâneos durante a Copa Brasília – A presidente Dilma Rousseff reuniu-se nesta quinta-feira (19) em Brasília com o […]

roberto stuckert filho/pr

Presidente colombiano agradeceu a Dilma o acolhimento aos seus conterrâneos durante a Copa

Brasília – A presidente Dilma Rousseff reuniu-se nesta quinta-feira (19) em Brasília com o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, com quem analisou assuntos bilaterais e regionais, e a possibilidade de “aproximar” a Aliança do Pacífico e o Mercosul.

A Aliança do Pacífico, que integram Colômbia, Chile, México e Peru, “não é contra ninguém” e “uma sinergia com o Mercosul seria bem-vinda”, declarou Santos aos jornalistas às portas do Palácio da Alvorada, em Brasília.

Segundo Santos, existe interesse tanto da Colômbia como do Brasil para aproximar ambos os blocos, sobre os quais considerou que são complementares e afirmou que não competem entre eles.

O Mercosul é formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela, e nos últimos anos foi criticado por empresários dos próprios países-membros por sua incapacidade de avançar em acordos comerciais com outros blocos.

Segundo Santos, uma aproximação entre Mercosul e Aliança do Pacífico deixaria todos mais fortes e daria mais força aos processos de integração na América Latina.

Esse interesse será transmitido aos líderes dos países da Aliança do Pacífico amanhã (20), durante a 9ª Cúpula do bloco que será realizada no México, para onde viajaria hoje mesmo, após assistir ao jogo da seleção da Colômbia contra a Costa do Marfim.

Santos também explicou que conversou com Dilma sobre o processo de negociações de paz com as guerrilhas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e os contatos que foram iniciados no mesmo sentido com o Exército de Libertação Nacional (ELN).

Sobre o ELN, o governante se absteve de dar detalhes, pois reiterou que existe um acordo de confidencialidade com o grupo, mas garantiu que os contatos exploratórios vão por um bom caminho e na direção correta.

Santos disse que Dilma manifestou seu pleno apoio a essas negociações e ressaltou que o Brasil sempre apoiou a busca da paz na Colômbia.

“Brasil teve uma ativa participação em todo este processo e ajudou muito desde o início”, declarou Santos, que lembrou que o governo brasileiro apoiou com a logística em libertações de reféns que estavam em mãos das Farc.

No último dia 10, quando informou oficialmente sobre os contatos exploratórios com o ELN, o governo colombiano agradeceu a boa vontade e o compromisso de Brasil, Chile, Cuba, Equador, Noruega e Venezuela, que seriam fiadores dessa negociação.

O presidente colombiano disse que também conversou com Dilma sobre as possibilidades que existem para ampliar os intercâmbios comerciais entre ambos os países, que no ano passado alcançaram a soma de US$ 4,2 bilhões, assim como acordaram promover ainda os investimentos mútuos.

Santos também deu os “parabéns” a Dilma pela organização da Copa, que foi um dos assuntos que o trouxe hoje ao Brasil. O presidente aproveitou a ocasião para enviar uma mensagem de estímulo à seleção colombiana, que dirigida pelo treinador argentino José Pekerman.

Perguntado sobre um possível resultado, Santos deixou de lado a diplomacia e arriscou: “A Colômbia ganha por 2 a 1”. Acertou em cheio!