Governo, empresários e sindicatos espanhóis começam a buscar pacto anticrise

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Presidente Mariano Rajoy (à esq.) recebe sindicalistas da UGT e CCOO

Madri – O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, e representantes das entidades patronais e os sindicatos do país tiveram hoje (16) uma reunião em que fizeram um “exercício de responsabilidade” e acordaram buscar “pontos em comum” que favoreçam o crescimento da economia e a geração de emprego.

Acompanhado da ministra do Emprego, Fátima Báñez, Rajoy se reuniu com os presidentes das entidades patronais Ceoe, Juan Rosell, e Cepyme, Jesús Mediado; e aos secretários-gerais dos sindicatos CCOO, Ignacio Fernández Toxo, e UGT, Cándido Méndez.

Em entrevista coletiva após a reunião, Rajoy informou que os participantes acordaram criar grupos de trabalho que dinamizem o diálogo sobre “proteção social, emprego e Previdência Social”, contra a crise que o país atravessa, com mais de 27% da população ativa desempregada, segundo a última pesquisa de População Economicamente Ativa (EPA).

No âmbito europeu, o presidente do governo espanhol pediu aos membros da UE para terem “mais coragem” para adotar medidas que estimulem o crescimento econômico, em alusão aos dados publicados ontem, que indicam que a eurozona continua em recessão que acaba de atingir a França e está quase chegando à Alemanha.

Rajoy deu grande importância ao fato de que os presentes na reunião entraram em acordo sobre a necessidade de que, no plano europeu, se combine a austeridade com os estímulos ao crescimento e que o bloco avançou em gestão e união bancária.

Em relação ao emprego, Rajoy destacou que seu governo se comprometeu a fazer uma avaliação da reforma trabalhista e a analisá-la com os representantes dos trabalhadores e dos empresários, assim como a manter sob controle os preços públicos e regulados, para que não subam em função do índice de preços ao consumidor.

Essa política de contenção de preços está afinada com a moderação de salários e benefícios empresariais que a patronal e os sindicatos acordaram em 2012, segundo destacou o presidente do governo espanhol, que opinou que essa prática também serviu para melhorar a competitividade da economia de seu país e para manter empregos.