Aos 92 anos, Antônio de Rosis Silva, o Silvinha, é homenageado na Câmara de Bebedouro

Silvinha recebe placa de cidadão bebedourense (Foto: Mauro Ramos) Ele foi meia-esquerda da Internacional de Bebedouro na década de 1930. Era tão bom de bola que chamou a atenção da […]

Silvinha recebe placa de cidadão bebedourense (Foto: Mauro Ramos)

Ele foi meia-esquerda da Internacional de Bebedouro na década de 1930. Era tão bom de bola que chamou a atenção da Portuguesa e do Vasco da Gama, onde fez testes, mas os contratos não o seduziram, e ele preferiu disputar partidas pela Inter e pelo Guarani de Catanduva e ser  técnico de máquinas da Singer. Nos anos 1970, foi vereador de Bebedouro. Agora, aos 92 anos de idade, Antônio de Rosis Silva, o Silvinha, que nasceu no dia 1º de agosto de 1918, em Taiúva, recebeu o título de cidadão bebedourense.

Vereadores, familiares e amigos do homenageado participaram da solenidade de entrega do título, realizada excepcionalmente em sua residência, a pedido da família. Antônio Reinaldo, filho, falou em nome do pai, que não se encontrava em condições de discursar, agradeceu à Câmara pela homenagem e disse que tem no pai, Silvinha, um grande exemplo de homem reto e digno.

Silvinha veio criança para Bebedouro estudar no Grupo Conrado Caldeira. Aqui ele se fixou e constituiu família. Casou-se com a professora Marina Camargo Pinto Silva, com quem teve a filha Maria Aparecida Pinto Silva (professora e aposentada da Caixa Estadual) e os filhos – todos engenheiros – Antônio Reinaldo, Maurício, Flávio e Gustavo, que lhe deram sete netos e, destes, uma bisneta. Para o amigo Antônio Gamboni, 82 anos, que por vários anos defendeu a Internacional ao lado dele, há que se destacar o ser humano maravilhoso que é. “Viajávamos juntos e ele não tinha – e não tem – boca para falar mal de ninguém” – afirmou Gamboni.

O primeiro craque da Inter

A estreia de Silvinha no  Inter foi contra o Uberaba, em 1936, no tempo em que duas partidas eram disputadas em dias consecutivos (sábado e domingo). Ele atuou na segunda etapa do segundo jogo, quando substituiu o camisa 10, Tricanio, seu maior ídolo. 

De 1937 a 1947, Silvinha jogou no Guarani de Catanduva, mas quando não havia jogo do Guarani, vestia a camisa do Internacional. Foi assim, num tempo em que todos os clubes do Estado de São Paulo disputavam o Paulistão, que ele jogou contra Palmeiras, Corinthians e São Paulo. Enfrentou craques dentre os quais Oberdã (goleiro do Palmeiras), Leônidas da Silva (São Paulo) e Brandão (Corinthians). Por convite, jogou amistosos por times da região, entre os quais o Batatais  contra o Libertá do Paraguai. Jogou profissionalmente até 1954. Depois, dirigiu o futebol amador da Inter de Bebedouro, tendo descoberto talentos, como os então garotos Deleu, Sabino e Baltazar.

Inter está na A3

A torcida do Lobo Vermelho, como é chamado o time da Associação Atlética Internacional de Bebedouro, está em festa. A equipe subiu para a série A-3 do Campeonato Paulista. A Inter fez uma boa campanha no campeonato deste ano, mas só ficou com a vaga com a desistência do time de Araçatuba. Mas  para os torcedores não importa, o que vale é ver o time do coração disputando uma divisão acima.

Para comemorar o acesso, o Lobo Vermelho goleou a equipe de Taiaçú por 4 a 1 no Estádio Sócrates Stamato, no início de uma série de jogos amistosos que vai disputar antes de estrear na nova divisão do Campeonato Paulista/2011, em 30 de janeiro.

O empresário Orlando da Hora, que continua à frente da equipe, prepara agora o projeto “Amigo torcedor”, que consiste em juntar um grupo de pessoas que contribua com a Internacional com a contrapartida de algumas regalias como, por exemplo, cadeira cativa. Para o empresário, a equipe sub-20 também será fortalecida para a próxima temporada.

História do Lobo

Em 1956, ao completar 50 anos, a Inter foi campeã da Série Pecuária – na época, o interior era dividido de acordo com as  atividades econômicas da região. Surgiu aí o apelido Lobo Vermelho, dado pelo radialista Hely Simões para contrapor os rivais da região – o Botafogo, de Ribeirão Preto, a Pantera da Mogiana; o Barretos, o Touro do Vale; e o Sertãozinho, o Touro dos Canaviais.